Ruínas de Tiwanaku.. (2)

Continuando..
O Deus principal está dentro do Museu, já que ele é realmente muito grande, estava em La Paz há alguns anos, mas foi transportado ao lugar ao qual pertencia antigamente. Em La Paz esse sagrado Deus ficava na frente do estádio de futebol da cidade, e era alvo dos fanáticos torcedores que não respeitava sua presença ali. Alguns especulam que o nome moderno “Tiwanaku” é relacionado ao termo Aymará que significa “pedra no meio”, em alusão à crença de que ficaria no centro do mundo.

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A cidade cobriu uma extensão máxima de seis quilômetros quadrados e teve no apogeu estimados quarenta mil habitantes. Seu estilo de cerâmica sem igual é encontrado numa vasta área que cobre a moderna Bolívia, Peru, o norte do Chile e a Argentina. No entanto, é difícil dizer se a presença desta cerâmica atesta o poder político desta civilização sobre esta área ou somente atesta sua influência cultural e comercial.

É considerada também uma cultura precursora das grandes construções megalíticas da América do Sul, cortando, entalhando ou esculpindo pedras pesando até cem toneladas, encaixando-as umas às outras com uma precisão e engenhosidade raramente encontradas mesmo na posterior arquitetura inca.

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Algumas das fotos do Sítio Arqueológico de Tiahuanaco, do Deus e das escavações em andamento.

A originalidade do estilo da arte Tiwanaku, como a Porta do Sol, é perceptível com o estilo da cultura Huari, certo que ambas as culturas definem o período das culturas pré-incaicas, parecendo que ambas foram precedidas pela cultura Paracas que floresceu na bacia norte do lago Titicaca.

Nota-se que, apesar de aparentar estar bem cuidado, o sítio arqueológico de Tiwanaku encontra-se em mau estado de conservação e não recebe uma devida manutenção por parte dos governantes, pois já sofreu o saque de escavadores amadores em busca de preciosidades desde a queda da cidade. Esta destruição continuou no século XIX e início do século XX com ações como a redução das pedras monumentais em britas para a construção de ferrovia e o seu uso como alvo de tiro em exercício militar.

Infelizmente não consegui tirar fotos dentro do templo, mas é uma das visitas mais impactantes.

Ruínas de Tiwanaku.. (1)

O dia já começava bem, acordamos cedinho, por volta das 07hs e esperamos a van que iria nos levar até as ruínas de Tiwanaku ou Tihuanaco, que fica nas aforas de La Paz. Levamos mais ou menos 2 horas e passamos por lindas paisagens do altiplano boliviano. Chegando às ruínas, é necessário pagar uma taxa de 80 bolivianos para a entrada no Museu e no Sítio Arqueológico, isso contando que já tinhamos pago 80 bolivianos pelo transporte.

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Puerta del Sol, um dos ícones da cidadela, entrada do sítio arqueológico, fotos do Deus Tihuanaco.

Assim que chegamos ao local, fiquei muito feliz, pois já tinha visto algumas fotos e realmente as ruínas eram muito grandes e bem cuidadas; o parque é imenso, e caminhamos com um guia excelente durante umas 2 horas, ele alternava as explicações entre inglês e espanhol. É um importante sítio arqueológico pré-colombiano, estudiosos classificam esta civilização como os mais importantes precursores do império inca, florescendo como a capital administrativa e ritualística de um grande poder regional por mais de 5 séculos.

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O guia nos explicou a relação dos deuses na cultura Tiwanaku e de como eles se davam com os Incas, além de mostrar as figuras, pedras e todo o panorama da cidade, realmente uma aula de história ao ar livre.

Continuando no próximo post, mais fotos sobre a Civilização Tiwanaku.