Fim do Mochilão América do Sul 2012!
Na fronteira com a Argentina, conheceríamos ainda as cidades de Villazón e La Quiaca! Já no noroeste argentino Salta, Pumamarca, Humahuaca, Tilcara e Jujuy com suas quebradas e paisagens desérticas! Terminamos a nossa rota em Buenos Aires indo até a cidade de La Plata, de lá voltamos ao Brasil pelo sul do país, conhecendo mais da nossa realidade!
Sobre valores gastamos em média de 2 a 3 mil reais!
O país mais barato sem dúvida é a Bolívia, e o mais caro é o Peru, a Argentina não é mais barata como antigamente, mas ainda assim essa foi uma das viagens mais baratas!
Lembrando que viajamos por 32 dias!
Mais info sobre os gastos estão nos posts específicos sobre cada cidade!

Passagem Brasília/Santa Cruz de la Sierra/ida (GOL): 580R$
Hospedagem: 358R$ (6 Hostéis), Transporte local: 180R$, Comida: 195R$,
Passagens (voltas e entre as cidades): 785R$, Passeios: 255R$
Passagem Buenos Aires/São Paulo (Ônibus/Crucero del Norte): 250R$
São Paulo/Brasília (Ônibus/Real Expresso): 150R$
Total: 2.353R$ ou 700£!
Esse Mochilão América do Sul termina, mas já estamos preparadas para o próximo!
Mochilão Europa 2013! Desbravaremos alguns países no inverno europeu, até lá!
Algumas das fotos que tirei pelo caminho!
Post originalmente escrito em: 3 de fevereiro de 2012!
E se quiser seguir todos os posts dessa viagem é só ir até a TAG Mochilão América do Sul!
De Uyuni a La Quiaca!
Voltando a noite para a cidade de Uyuni, esperávamos nosso ônibus que ia rumo a Villazón, esse sem dúvida, seria o percurso mais punk de toda a viagem, rota cheia de precipícios, abismos e totalmente de terra. Compramos nossa passagem pela Tupiza que também não recomendo de jeito nenhum, comi poeira a viagem inteira, e chegamos muito tarde em Villazón.
As agências de ônibus ficam concentradas na Av. Arce, infelizmente perdemos o melhor ônibus para ir até a fronteira que seria pela empresa Panamericano, então fomos pela Tupiza pelo preço de 80 bolivianos.
Cara, sem pestanejar, foi a pior viagem da minha vida, não recomendo de jeito nenhum essa viagem pra quem tem problemas respiratórios, asma ou sofre do coração.

Algumas fotos do Salar de Uyuni, Cementerio de Trenes, Caminho até Colchani, Las Locas Argentinas e a Turma do Chaves no Salar.
Os principais destinos de saída de Uyuni são para Oruro, La Paz e Villazón. Garanta sua passagem assim que chegar pela manhã, pois elas evaporam em instantes. A nossa viagem até Villazón durou 10 horas, passando pelas cidadezinhas de Tupiza e Atocha com destino final em Villazón já na fronteira com a cidade argentina de La Quiaca. Já não via a hora de chegar à Argentina, o Salar é um lugar imperdível, mas já vá com a cabeça preparada para uma viagem perigosa!
Detalhe que tentamos ir de trem até Villazón, mas infelizmente nesse dia ele não funciona, isso mesmo, o trem funciona somente às segundas e quinta-feiras, é muita sorte. Chegando à Villazón ficamos mais perdidas que cego em tiroteiro e esperamos um pouco até encontrarmos a empresa de ônibus Balut, que nos levaria até Salta no noroeste argentino, essa foi a parte mais difícil da viagem, pois teríamos que esperar 8 horas na fila da imigração pra passar para o lado argentino, felizmente encontramos uma senhora que nos ajudou nessa travessia e tivemos um pouco de sorte, mas isso eu conto uma outra hora.
A Empoeirada Uyuni!
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Chacaltaya e Valle de la Luna!
Dando uma parada nos posts sobre o Mochilão Europa, volto a falar do nosso Mochilão América do Sul que vivenciamos no mês de janeiro e fevereiro desse ano. Continuando, nesse dia passamos por dois opostos, e aí vemos o quanto a natureza é inexplicável. Depois de voltar à La Paz e ao Pirwa (hostel que ficamos) contratamos o passeio ao Chacaltaya e ao Valle de la Luna. Na verdade, esse passeio estava programado para o começo da viagem, mas como já não tinham mais vagas, fizemos o de Tiwanaku, foi até melhor, pois já estávamos aclimatadas com a altitude de Copacabana e Cusco.
A subida do Chacaltaya é realmente surpreendente, já no microônibus com mais ou menos 25 pessoas e um guia espetacular, começamos a subida que a cada curva dava um frio na espinha, os precipícios eram aterradores e cada curva parecia que seria a última.
As fotos não chegam nem próximo do que realmente é o lugar.
Depois da perigosíssima subida, chegamos ao refúgio, e dali só caminhando. E que caminhada!! Cada passo parecia uma maratona, e eram apenas algumas centenas de metros. O Chacaltaya é um dos muitos picos da Cordilheira dos Andes, seus incríveis 5,421 metros de altitude, dão a alcunha da pista de esqui mais alta do mundo (no momento desativada), a montanha está a mais ou menos 30 km de La Paz e dele vemos a majestosa vista do Huyana Potosí.
Uma das minhas fotos preferidas da viagem, a vista do segundo Cume, um dos muitos viajantes na Montanha.
Como já disse a estrada é estreita e íngrime e bem próximo a ela está o Observatório Astrofísico do Chacaltaya. Demorei 50 minutos para subir até o primeiro cume, o vento é forte e a sensação de vertigem é constante. Pensei que ia capotar montanha abaixo, mas aguentei firme até o fim, e isso porque tomei chá de coca e as pílulas de soroche. A subida para o segundo cume foi a glória, uma sensação que nunca tinha sentido na vida, estar em um pico de mais de 5 mil metros e com uma vista incrível da cidade de La Paz, além do Lago Titicaca foi realmente único e surpreendente, ao lado a vista de outro gigante, o Huayna Potosí.
O refúgio, a mais ou menos 5 mil metros de altura, subida e o Huayna Potosí.
Depois de ficar um tempo apreciando a vista e agradecendo por estar ali, desci pois sabia que o tempo estava se esgotando, assim que descia começava a nevasca, aí tentei descer o mais rápido que pude, é claro com muito cuidado, pois não queria fazer outro tipo de viagem. A nevasca ficou tão intensa que o guia ficou preocupado pelos que ainda estavam por lá. Aproveitei e descansei um pouco na lanchonete e esperamos ainda uns 30 minutos até que todos chegassem. Dali partiríamos até o Valle de la Luna no lado Sul de La Paz, próximo ao Campo de Golfe e a um dos bairros mais chiques da cidade.
Vista da Montanha antes de começar a subida, Primeira parada, Fernanda em sua pose clássica, + uma do Huayna.
Com roupas pesadas e vários casacos chegaríamos até o Vale com um calor de mais de 30 graus. Estávamos com 5 ou abaixo disso no Chacaltaya, no mesmo dia enfrentamos dois extremos. Coisas da Bolívia!! O Valle de la Luna é um sítio arqueológico bastante famoso e comparado ao solo lunar, 1 hora de distância do Chacaltaya, mas parecia em outro planeta, o calor além de intenso era massacrante, pois o lugar era extremamente seco. Os dois passeios foram comprados no Pirwa Hostel foram 80 bolivianos, e valem muito a pena.
Acho que esperei uns 20 minutos tomando fôlego, chegando ao primeiro cume, já na lanchonete esperando pelos demais.
No dia seguinte estávamos bem tristes, pois deixaríamos um dos lugares mais bacanas de toda a viagem, apesar da pobreza e de vários fatores, La Paz foi um dos lugares que mais gostei de conhecer, gente alegre e feliz assim como os brasileiros, mas com muito mais problemas e dificuldades que a nossa. Compramos nossas passagens para Uyuni, dali iríamos fazer o Tour pelo Salar e proximidades, outro ponto alto da viagem estava se aproximando, mas isso eu deixo para o próximo post.
A vista da estradinha “perigosa”, do alto se avistava o Lago Titicaca, pra finalizar o Valle de la Luna e suas formações rochosas.
Voltando à La Paz!
Depois dos mágicos dias em Machu Picchu e nossa volta a Cusco ainda ficaríamos mais um dia pela cidade, saímos com nosso amigo Henrique e aproveitamos ainda mais a capital do Império Inca, sem dúvida Cusco foi uma das minhas cidades preferidas. Compramos as passagens para La Paz na agência que contratei o pacote de Machu Picchu, pois não queria ter a infelicidade de esperar em Puno mais uma vez, mas que ledo engano, já deveria saber como funcionam as coisas na Bolívia e no Peru. Foi outra odisséia, compramos passagens em um ônibus top de linha já em Cusco, empresa Tranzela pagamos 80 soles (cada uma) pela passagem em um double decker com serviço incluído. É nesse momento que tento alertar todos os meus amigos e conhecidos que queiram viajar pelos dois países. Assim que chegamos no Terminal em Cusco, encontramos o ônibus e tudo saiu como planejado, mas só até a fronteira em Puno, ali está todo o problema.
Máscaras típicas no Mercadinho em Pisaq, com o Henrique no final da gigantesca pedra Inca, Os desenhos do Jaguar e da Cobra.
Assim que chegamos a Puno, por volta das 2 horas da manhã, tivemos que fazer o mesmo processo da ida, trocar de ônibus, pagar o terminal, trocar a passagem e entrar em um ônibus lixo, mais uma vez. Isso depois de ter contratado um serviço completo com ônibus leito. Não adianta, de alguma maneira você será passado pra trás, isso não é exclusivo de uma empresa, todas fazem isso, todas param em Puno ou Copacabana para a troca dos ônibus, além é claro de esperar até às 7 horas pelo tal ônibus e passar raiva novamente.
Duas capitais colonizadas por espanhóis, Cusco (Fonte na Plaza de Armas) e La Paz (Iglesia San Francisco).
Meu intuito não é desanimar ou manchar a índole dos andinos, muito pelo contrário. Eu adorei viajar pelos dois países, notei que quase não têm assaltos ou roubos, o povo em si é muito honesto, mas infelizmente isso existe e já ouvi variados relatos a respeito. São países lindíssimos com natureza exuberante e com extraordinários pontos turísticos, mas que peca na infraestrutura e possui uma grande pobreza, portanto vá com o coração aberto e com muita paciência. A demora é muita, então prepare-se, impacientes terão ódio eterno, muita burocracia, jeitinho peruano e boliviano e gastos desnecessários, além de esperar no Terminal, ainda tem uma espera programada na travessia do Lago.
Chegando à La Paz e voltando ao Pirwa Hostel por mais 2 dias, iríamos ao Chacaltaya e passear um pouco mais por essa encantadora e caótica cidade. Visite a bela Iglesia San Francisco, uma das partes mais bonitas da cidade. Aproveitamos também e fomos à Calle Sagarnaga, Calle Illampu e ao famoso Mercado de las Brujas.
Na capital boliviana tivemos o grande prazer de conhecer duas pessoas maravilhosas, a Daniela e o Omar, os donos do Hostel, com certeza nossa viagem foi bem mais legal com a companhia deles.
Fotos, Camisetas e Máscaras.
Nessas ruas você poderá encontrar todo o tipo de lojas, inclusive várias de esporte de aventura, pois estávamos procurando uma capa para a nossa mochila, que ficaria imunda com a constante viagem e troca de ônibus. Compramos uma capa nova de altíssima qualidade por apenas 50 bolivianos (uns 14R$), a mesma no Brasil sairia por 150 reais. Nesse mesmo dia encontrei uma brasileira que estava comprando várias roupas para ir ao Salar de Uyuni, por ironia do destino a encontramos dias depois no próprio Salar. Viajando por lá é certo que você verá as mesmas pessoas em variados destinos, é uma sensação de alegria e companheirismo. Um grande exemplo disso foi o grupo de cearenses que encontramos pelo menos umas 3 vezes, eles estavam em grande número, como 7 ou 8 pessoas e sempre do nada nos esbarrávamos. Um grande abraço em especial para a Aline e a Marina.
Hostel Pirwa de Cusco, uma das principais ruas de Cusco, e as variadas camisetas e suas lhamas de pano de fundo.
O Mercado de las Brujas fica aberto diariamente, entre as ruas Jimenez e Linares, verdadeiro show de horror com fetos de lhamas secos, porções mágicas, bruxaria, amuletos e mais uma infinidades de bugingangas. La Paz foi sem dúvida outro ponto alto da viagem e deixou muita saudade. Voltando ao Hostel contratamos o passeio ao Chacaltaya e ao Valle de la Luna, passeio imperdível pra quem está em La Paz, mas isso eu conto no outro post.
Despedida com um aperto no coração no Terminal de Buses de La Paz rumo a Uyuni.
Fotos da Bolívia!
Algumas fotos do nosso Mochilão realizado no mês de janeiro, 2 meses já se passaram e hoje as fotos nos fazem recordar que maravilhosa viagem!! Essas fotos são particurlamente da Bolívia, um país encantador e maravilhoso, vale mesmo a pena uma visita! Mais fotos por aí pelo blog.
Puno e Ida a Cusco
Foto tirada no vale do Lago Titicaca, uma das lindas vistas da Bolívia.
Saímos de Copacabana e esperamos algum tempo na fronteira entre a Bolívia e o Peru, chegamos em Puno, ali teríamos que trocar de ônibus mais uma vez, nesse momento fiquei um pouco apreensiva, pois a maioria dos mochileiros que conhecemos reclamaram da falta de vergonha na cara de certas pessoas que vendem esse tipo de viagem até lá. Pois não deu outra, chegamos à noite, e esperamos no Terminal de Puno, naquela hora fiquei sabendo que teríamos que buscar outras passagens, além de pagar 1 sol pelo uso do terminal, sempre acontece esse tipo de coisa em cima da hora. Então, lá vai eu procurar um caixa eletrônico, pois deixei para trocar meu dinheiro em Cusco.
a beleza do Lago Titicaca
Pois bem, saquei 10 soles, que eram equivalentes a mais ou menos 7R$, tudo bem, qual foi minha grande surpresa assim que verifiquei minha conta no celular e descobri que tinham me cobrado 33R$!! Isso mesmo, me cobraram 26R$ por um saque de 7R$, um absurdo, a noite já começava mal, mas como a Lei de Murphy impera em minha vida, ficaria ainda pior.
Esperamos em torno de 1 a 2 horas pela chegada do outro ônibus, que eu pensava que seria igual ao que viemos, pois qual não foi o choque geral de todos, chegar um ônibus que creio eu, que nem no Brasil existe mais. Uma lata velha ambulante, tão feia por fora quanto é por dentro. O primeiro foi o desespero geral da galera de enfiar a qualquer custo seus pertences e mochilas no tal ônibus, fui correndo colocá-las, pois minha irmã estava guardando um lugar menos pior no ônibus, pois qual foi a nossa surpresa, eles não tinham nenhum tipo de documento para etiquetar nossas bagagens, ou seja, se alguém roubasse, nunca mais veríamos nada, sem contar o medo constante da Fernanda da mala sair voando pelo bagageiro. Era melhor rir do que chorar. Viajar pela Bolívia e Peru é uma constante aventura. Sempre fortes emoções.
Pra piorar um belga/mendigo muito do malandro, roubou meu lugar e eu acabei ficando com a única poltrona quebrada do ônibus, isso por 7 horas, acho que até hoje tenho dor nas costas por conta disso. E isso não era nada, depois fiquei foi feliz, pois o motorista parava em cada cidade e recolhia pessoas e as colocava no corredor, várias pessoas deitadas e sentadas em suas malas e se equilibrando em panelas, além é claro da música insistente que repetia a cada minuto, diversão garantida ou seu dinheiro de volta. Lembrando que a estrada é uma das menos piores, perdendo em alguns quesitos para a de Uyuni/Villazón ou Santa Cruz/La Paz, campeãs indiscutíveis.
Não tenho uma boa lembrança de Puno e espero não voltar lá tão cedo. Apesar, de saber que é uma cidadezinha bastante turística e famosa por suas Ilhas Flutuantes de Uros. Estava tão indignada com a situação que cheguei em Cusco querendo ir pra Argentina direto, felizmente passou minha raiva e pude conhecer um dos lugares mais incríveis da viagem.
Logo que chegamos à Cusco, eram 4 horas da manhã e fiquei preocupada pois estava toda moída da viagem e só queria saber de dormir. Felizmente, quando chegamos ao Hostel Pirwa, o nosso quarto já estava liberado e foi só alegria, aproveitei e dormi até às 11hs, logo depois no mesmo dia, já organizei os passeios para o Valle Sagrado e Machu Picchu, mas isso eu conto depois.
Pra quem se interessar, existem dezenas de agências que oferecem os passeios às Ilhas de Uros, Uros/Taquile ou Uros/Amantani/Taquile, os preços estão em torno de 35 a 50 soles, dependendo dos dias que você escolher, as agências tem filiais no próprio Terminal de Cusco.
No próximo post mais sobre a nossa chegada a incrível cidade de Cusco.
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Copacabana!
Depois de acordar e me preparar para mais um dia em Copacabana, fui até o lobby e pedi a recepcionista para incluir mais um dia, pois minha irmã estava ainda muito mal por conta da altitude, ela ficaria no quarto assistindo El Chavo na TV boliviana e eu fui visitar a Catedral e tirar algumas fotos. Passei novamente pelas barraquinhas e comprei mais algumas lembrancinhas. A subida é realmente dolorosa, só quem foi ali para saber a real sensação de cansaço e fadiga, nunca que iria conseguir subir o famoso Cerro Calvário, ele é no topo da rua mais alta de Copacabana.



Parei um pouco na pracinha e fiquei olhando a benção dos carros, a famosa Challa, uma tradição pitoresca, como disse é a benção dos automóveis, esta cerimônia é realizada em frente à Catedral, ocorre durante todo o ano, sempre aos sábados. A cerimônia é uma mistura de bendição católica com ritos da antiga tradição dos incas, é muito engraçado ver os carros na cidade com chapeuzinhos, cheio de flores e colares.


A Catedral de la Virgen de la Candelaria, é realmente exuberante, é o cartão postal que marca a imagem de Copacabana. Sem dúvida, visita obrigatória, com suas naves internas repletas de arte barroca. Sua construção transcorreu ao longo do século 17, incluindo o átrio com suas 3 cruzes, chamadas de Calvário. A imagem da Virgem está exposta no Camarin de la Virgen.
Logo depois, voltei ao hotel e ficamos esperando até as 18hs horário que nosso ônibus sairia para a cidade peruana de Puno, mais 4 horas de viagem pela frente. Íriamos ser enganadas pela primeira vez, mas nem tínhamos ideia do que nos esperava, pelo menos eu, que viajei mais de 7 horas com um banco quebrado. Foi uma das experiências mais frustantes e horríveis da viagem. Cuidado ao comprar a passagem de ônibus e certifique que você não está levando gato por lebre, infelizmente você também vai ser enganado, pois pelo que vi a maioria leva esse tipo de golpe.
Falando sobre a Ilha do Sol, é um dos destinos mais procurados em Copacabana, muitas agências na cidade oferecem o passeio de 1 dia e sai em média de 20 a 40 bolivianos. Infelizmente não pude ir à Ilha, mas quem sabe em uma próxima oportunidade possa ir as Ilhas do Sol e da Lua, além das Ilhas Flotantes de Uros. Próxima parada Puno.
Fotos variadas da Nave, Cúpula e exterior da Catedral de la Virgen.
Indo a Copacabana!
Depois de um dia inteiro nas ruínas de Tiwanaku, chegamos ao hostel por volta das 17hs, contratamos então o transporte e o hotel na cidade de Copacabana, famosa pela sua imponente Catedral e suas ilhas, Ilha do Sol e da Lua, onde dizem que nasceu a cultura Inca.
Sairíamos no dia seguinte pela manhã, a viagem até Copacabana dura mais ou menos umas 3 horas e é sem dúvida uma das vistas mais exuberantes da Bolívia.
Antes de chegar a Copacabana, é preciso atravessar o Estreito de San Pedro de Tiquina em uma balsa, paga-se o valor de 1,50 bolivianos pela condução, o Estreito é um minúsculo povoado importantíssimo para a travessia do Lago.
A espera dura em torno de 30 minutos a 1 hora. Chegando lá, fiquei impressionada com a vista da linda cidadezinha, a placa na entrada já nos avisava “Bienvenidos a Copacabana” 3,841 metros.
A altitude iria nos castigar mais uma vez.
Felizmente não tive maiores problemas, tomei 2 comprimidos de soroche e tudo saiu bem, ao contrário da minha irmã que passou muito mal todos os dias, não sendo possível então o nosso passeio pelas Ilhas. Passamos 2 dias por lá e aproveitei para visitar a Catedral e conhecer mais dos arredores. Ficamos em um hotel muito bom, o Hotel Estellar del Titicaca, bem na orla do lago, diária de 200 bolivianos para um quarto duplo com duas camas gigantescas, TV e banheiro, indicado pela Daniela do Hostel Pirwa de La Paz, infelizmente o restaurante do hotel estava em reformas, então comemos em um lugar no centro, a truta estava realmente muito boa. Recomendo a truta do Titicaca, uma das melhores do mundo.
Mais sobre o hotel em um post específico em breve!
Caminhei um pouco pela orla do lago e tirei algumas fotos no porto onde os barcos saem rumo as duas famosas ilhas, logo depois subi algumas ruazinhas e procurei por produtos locais. Como já tinha comprado uma estátua do Deus Tiwanaku, procurei por produtos de alpaca e lã, que na Bolívia é praticamente de graça. Passei por algumas tendas e encontrei alguns monedeiros, luvas e ímas para decoração. Aproveitei e comprei mais água, refrigerante e batata fritas.
Voltei pro hotel deixei algumas coisas por lá e tentei convencer a Fernanda a sair comigo pra comer a famosa truta em um restaurante que ficava ao lado da “rodoviária” local. Depois de passar um tempo por lá, terminamos o jantar e voltamos andando, estava fazendo um frio congelante, a vista do lago à noite, com os barcos e as pessoas ao redor é linda, voltamos para o hotel e aproveitei para assistir televisão e apreciar a vista da varanda, depois disso fui dormir pois pela manhã queria visitar a famosa Catedral de Nossa Senhora de Copacabana, mas isso eu conto depois.
Algumas fotos da Cidade de San Pedro de Tiquina e Copacabana, além de algumas paisagens do Lago Titicaca.
Ruínas de Tiwanaku.. (2)
Continuando..
O Deus principal está dentro do Museu, já que ele é realmente muito grande, estava em La Paz há alguns anos, mas foi transportado ao lugar ao qual pertencia antigamente. Em La Paz esse sagrado Deus ficava na frente do estádio de futebol da cidade, e era alvo dos fanáticos torcedores que não respeitava sua presença ali. Alguns especulam que o nome moderno “Tiwanaku” é relacionado ao termo Aymará que significa “pedra no meio”, em alusão à crença de que ficaria no centro do mundo.
A cidade cobriu uma extensão máxima de seis quilômetros quadrados e teve no apogeu estimados quarenta mil habitantes. Seu estilo de cerâmica sem igual é encontrado numa vasta área que cobre a moderna Bolívia, Peru, o norte do Chile e a Argentina. No entanto, é difícil dizer se a presença desta cerâmica atesta o poder político desta civilização sobre esta área ou somente atesta sua influência cultural e comercial.
É considerada também uma cultura precursora das grandes construções megalíticas da América do Sul, cortando, entalhando ou esculpindo pedras pesando até cem toneladas, encaixando-as umas às outras com uma precisão e engenhosidade raramente encontradas mesmo na posterior arquitetura inca.
Algumas das fotos do Sítio Arqueológico de Tiahuanaco, do Deus e das escavações em andamento.
A originalidade do estilo da arte Tiwanaku, como a Porta do Sol, é perceptível com o estilo da cultura Huari, certo que ambas as culturas definem o período das culturas pré-incaicas, parecendo que ambas foram precedidas pela cultura Paracas que floresceu na bacia norte do lago Titicaca.
Nota-se que, apesar de aparentar estar bem cuidado, o sítio arqueológico de Tiwanaku encontra-se em mau estado de conservação e não recebe uma devida manutenção por parte dos governantes, pois já sofreu o saque de escavadores amadores em busca de preciosidades desde a queda da cidade. Esta destruição continuou no século XIX e início do século XX com ações como a redução das pedras monumentais em britas para a construção de ferrovia e o seu uso como alvo de tiro em exercício militar.
Infelizmente não consegui tirar fotos dentro do templo, mas é uma das visitas mais impactantes.
Ruínas de Tiwanaku.. (1)
O dia já começava bem, acordamos cedinho, por volta das 07hs e esperamos a van que iria nos levar até as ruínas de Tiwanaku ou Tihuanaco, que fica nas aforas de La Paz. Levamos mais ou menos 2 horas e passamos por lindas paisagens do altiplano boliviano. Chegando às ruínas, é necessário pagar uma taxa de 80 bolivianos para a entrada no Museu e no Sítio Arqueológico, isso contando que já tinhamos pago 80 bolivianos pelo transporte.
Puerta del Sol, um dos ícones da cidadela, entrada do sítio arqueológico, fotos do Deus Tihuanaco.
Assim que chegamos ao local, fiquei muito feliz, pois já tinha visto algumas fotos e realmente as ruínas eram muito grandes e bem cuidadas; o parque é imenso, e caminhamos com um guia excelente durante umas 2 horas, ele alternava as explicações entre inglês e espanhol. É um importante sítio arqueológico pré-colombiano, estudiosos classificam esta civilização como os mais importantes precursores do império inca, florescendo como a capital administrativa e ritualística de um grande poder regional por mais de 5 séculos.
O guia nos explicou a relação dos deuses na cultura Tiwanaku e de como eles se davam com os Incas, além de mostrar as figuras, pedras e todo o panorama da cidade, realmente uma aula de história ao ar livre.
Continuando no próximo post, mais fotos sobre a Civilização Tiwanaku.
La Paz!
Depois do primeiro susto em Santa Cruz, chegamos à La Paz, isso é claro sem antes conhecer uma das mais perigosas estradas da Bolívia, tomamos nosso caminho à La Paz e Henrique foi rumo à Sucre, que essa sim, é a pior estrada da Bolívia, mesmo achando que a estrada Uyuni/Villazón não fica nem um pouco atrás. Chegamos pela manhã às 08h30, o motorista parou em um posto de gasolina e ficamos esperando 1 hora até ele resolver sair e ir até o Terminal de Buses de La Paz, que estava a nada menos que uns 100 metros de onde ele parou, dá pra entender. Isso não foi tudo, depois de chegar ao Terminal, pegamos um táxi, com um suposto taxista, por somente 10 bolivianos e pedimos ao motorista que nos levasse até o Pirwa La Paz, hostel onde íriamos nos hospedar, ele estava mais perdido do que a gente e rodou o centro quase todo, assim que nós encontramos o endereço, porque ele nem sabia onde estava, vimos que o hostel estava a uns 100 metros do mesmo posto de gasolina e do Terminal. Isso é o que acontece quando não se conhece o lugar. Demos muitas gargalhadas com o acontecido.
Chegamos ao Pirwa de La Paz e nos hospedamos em um quarto duplo, gostei muito do hostel e de conhecer os donos, Daniela e Omar. Novinho em folha, aberto há apenas 1 mês. Depois de guardar e arrumar nossas coisas, resolvemos sair, já tinhamos perdido o dia, pois os passeios acontecem na parte da manhã bem cedo. Primeira odisséia, procurar um lugar comestível no centro, fui atrás do único Burguer King e Subway da cidade, como já estava noite nem com reza achei a tal rua que fica abaixo da Plaza Murilo, lugar onde fica o Palácio do Governo. Detalhe que já estávamos muito cansadas de andar algumas quadras, mas parecia que já andava o dia inteiro.
Me aventurei e entrei em um tal Mega Burguer o qual me arrependi amargamente, comprei um combo de hamburguer com batata frita e coca, já que salada era proibido terminantemente. O único que aproveitei foi a coca, pois o hamburguer estava cru e a batata nadava em óleo. Depois de tomar coca, tentei comprar alguma batata chips como Lays ou Pringles, mas infelizmente não encontrei. Os refrigerantes na Bolívia são extremamentes coloridos, eles exageram no corante, sem contar nos condimentos que eles deixam expostos no balcão, dentro de panelas gigantescas. Eles realmente amam frango, então será bem fácil ver em qualquer esquina a famosa frase “Pollos à la Broster”.
Voltanto ao hostel aproveite e fiquei caminhando ali perto, conhecemos algumas pessoas e já presenciamos a invasão argentina que estava acontecendo em toda a Bolívia e Peru. Contratamos o passeio à Tiwanaku, pois o do Chacaltaya já estava lotado, teríamos que fazê-lo na volta à La Paz 2 semanas mais tarde. Tenho que frisar que a Bolívia realmente é um dos lugares mais baratos que já fui, mais até do que Argentina era em tempos de crise. O passeio às ruínas de Tiwanaku foi realmente muito excitante, ver em loco uma civilização pré-incaica não tem preço, mas isso eu conto depois.
Fotos aleatórias, estação de ônibus de La Paz, Café da manhã no Pirwa Hostel, Hostel Pirwa de La Paz, Palácio de Governo na Plaza Murillo, Uma típica chola na Plaza San Francisco, Padaria ao ar livre, Vista da Cidade de La Paz.
Santa Cruz de la Sierra!

Começamos nossa aventura no dia 03 de janeiro, saímos de Brasília rumo a São Paulo, esperamos 1 hora e meia no Aeroporto de Brasília e logo saímos para Guarulhos, haveria mais 2 paradas, uma no Aeroporto de Campo Grande e logo outra final no Aeroporto de Santa Cruz Viru Viru, ali começaríamos realmente nossa aventura pela América do Sul.