Assim que chegamos às 06hs da manhã na cidade de Villazón, entramos em desespero e fomos procurar a empresa Balut, já que essa era a empresa mais indicada pelos sites e mochileiros que eu consultei. Felizmente demos muita sorte dessa vez. Compramos nossa passagem pela fortuna de 175 pesos argentinos, e o ônibus oferecido era um verdadeiro semi cama, já que estávamos em território argentino, aleluia!! Depois de comprar a passagem e trocar algum dinheiro, eu não tive sorte para trocar libras nem em La Quiaca e nem em Salta, minha irmã trocou alguns dólares para mim. Ou seja, se você for inglês/morar na Inglaterra ou tiver libras, nem tente usar em La Quiaca ou Salta, eles não trocam em banco nenhum.
Fomos andando até a fronteira para atravessar, mais ou menos uns 10 minutos, foi quando eu vi uma fila imensa de mais de 1 quilomêtro, andando a passo de tartaruga é claro. Detalhe que nosso ônibus sairia da rodoviária de La Quiaca às 08h50, então estávamos perdidas. Foi aí que uma senhora nos salvou, eu não sei o que ela fez, mas colocou a gente bem na frente da fila e então esperamos uma 1 hora e meia ao invés de 8 horas, como alguns amigos, mochileiros tinham ficado e nos falado anteriormente.
Foi por causa da empresa e dela que conseguimos atravessar em tempo, quando chegamos à cabine de imigração, somente uma janelinha funcionava, e eu fiquei pensando naquele povo todo que estava na fila esperando há horas. Pois bem, já sabia que tinha perdido o ônibus das 9 horas, pois chegamos à imigração argentina às 08h30 e ônibus sairia às 08h45, a rodoviária estava um pouco longe de onde estávamos, tínhamos que pegar um táxi. Corremos tanto que não entendo até hoje como conseguimos embarcar naquele ônibus, foi realmente muita sorte e agradeço até hoje aquela senhorinha, pois sem ela estaríamos esperando até hoje (brincadeira né!).
Depois de embarcar fomos de La Quiaca até Salta em mais ou menos umas 07 horas e chegamos por volta das 17 horas na cidade de Salta la Linda, até que enfim Argentina!!
De Uyuni a La Quiaca!
Voltando a noite para a cidade de Uyuni, esperávamos nosso ônibus que ia rumo a Villazón, esse sem dúvida, seria o percurso mais punk de toda a viagem, rota cheia de precipícios, abismos e totalmente de terra. Compramos nossa passagem pela Tupiza que também não recomendo de jeito nenhum, comi poeira a viagem inteira, e chegamos muito tarde em Villazón.
As agências de ônibus ficam concentradas na Av. Arce, infelizmente perdemos o melhor ônibus para ir até a fronteira que seria pela empresa Panamericano, então fomos pela Tupiza pelo preço de 80 bolivianos.
Cara, sem pestanejar, foi a pior viagem da minha vida, não recomendo de jeito nenhum essa viagem pra quem tem problemas respiratórios, asma ou sofre do coração.

Algumas fotos do Salar de Uyuni, Cementerio de Trenes, Caminho até Colchani, Las Locas Argentinas e a Turma do Chaves no Salar.
Os principais destinos de saída de Uyuni são para Oruro, La Paz e Villazón. Garanta sua passagem assim que chegar pela manhã, pois elas evaporam em instantes. A nossa viagem até Villazón durou 10 horas, passando pelas cidadezinhas de Tupiza e Atocha com destino final em Villazón já na fronteira com a cidade argentina de La Quiaca. Já não via a hora de chegar à Argentina, o Salar é um lugar imperdível, mas já vá com a cabeça preparada para uma viagem perigosa!
Detalhe que tentamos ir de trem até Villazón, mas infelizmente nesse dia ele não funciona, isso mesmo, o trem funciona somente às segundas e quinta-feiras, é muita sorte. Chegando à Villazón ficamos mais perdidas que cego em tiroteiro e esperamos um pouco até encontrarmos a empresa de ônibus Balut, que nos levaria até Salta no noroeste argentino, essa foi a parte mais difícil da viagem, pois teríamos que esperar 8 horas na fila da imigração pra passar para o lado argentino, felizmente encontramos uma senhora que nos ajudou nessa travessia e tivemos um pouco de sorte, mas isso eu conto uma outra hora.
Salar de Uyuni!
Nosso passeio começou às 10h30, esperamos muito até o guia resolver sair, além de nós estavam mais alguns brasileiros esperando, mas ao contrário deles a gente iria fazer somente o passeio de 1 dia. Fomos então primeiro ao Cemitério de Trens, um instrutor nos levou até lá e ficamos em torno de uns 20 minutos. Eu fiquei chocada com o lugar, o guia disse que é um antigo aterro sanitário, por isso em alguns lugares tem muito lixo, e por conta do turismo estão limpando a região.
Detalhe que o Salar estava alagadíssimo parecendo uma lagoa límpida e transparente. Assim mesmo, é importante o uso de óculos de sol, é tudo tão branco que os olhos ardem e ficam ofuscados pelo reflexo do sol na imensidão de sal. Não se esqueça dos óculos e protetores labial e solar. Como o Salar estava completamente alagado em algumas partes, tiramos nossos tênis e andavámos descalças brincando com a água e o sal, foi uma sensação de liberdade. Só depois vi o resultado, estava toda suja e branca por conta de tanto sal.
Chegando ao Salar fomos tentar tirar as fotos em perspectiva, coisa não muito fácil de se fazer, ainda mais em um local completamente alagado. As malucas argentinas são umas gênias nesse quesito, como são criativas, fizeram milhares de poses e tiravam fotos incríveis. Almoçamos em um hotel muito chique feito todo de sal, depois visitaríamos o Hotel de Sal mais famoso de Uyuni, que parece um albergue, ali tiramos mais algumas fotos inclusive com as bandeiras dos países. Depois disso fomos à uma parte do Salar que tinha um Rio quente borbulhante, eu tirei meus sapatos e fiquei caminhando sobre o rio, o Salar é e foi um dos lugares mais incríveis e mágicos de toda a viagem. Infelizmente meu armazenamento de fotos acabou, portanto as fotos ficarão para o próximo relato.
Próximo post mais sobre a cidade de Uyuni.
A Empoeirada Uyuni!
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Chacaltaya e Valle de la Luna!
Dando uma parada nos posts sobre o Mochilão Europa, volto a falar do nosso Mochilão América do Sul que vivenciamos no mês de janeiro e fevereiro desse ano. Continuando, nesse dia passamos por dois opostos, e aí vemos o quanto a natureza é inexplicável. Depois de voltar à La Paz e ao Pirwa (hostel que ficamos) contratamos o passeio ao Chacaltaya e ao Valle de la Luna. Na verdade, esse passeio estava programado para o começo da viagem, mas como já não tinham mais vagas, fizemos o de Tiwanaku, foi até melhor, pois já estávamos aclimatadas com a altitude de Copacabana e Cusco.
A subida do Chacaltaya é realmente surpreendente, já no microônibus com mais ou menos 25 pessoas e um guia espetacular, começamos a subida que a cada curva dava um frio na espinha, os precipícios eram aterradores e cada curva parecia que seria a última.
As fotos não chegam nem próximo do que realmente é o lugar.
Depois da perigosíssima subida, chegamos ao refúgio, e dali só caminhando. E que caminhada!! Cada passo parecia uma maratona, e eram apenas algumas centenas de metros. O Chacaltaya é um dos muitos picos da Cordilheira dos Andes, seus incríveis 5,421 metros de altitude, dão a alcunha da pista de esqui mais alta do mundo (no momento desativada), a montanha está a mais ou menos 30 km de La Paz e dele vemos a majestosa vista do Huyana Potosí.
Uma das minhas fotos preferidas da viagem, a vista do segundo Cume, um dos muitos viajantes na Montanha.
Como já disse a estrada é estreita e íngrime e bem próximo a ela está o Observatório Astrofísico do Chacaltaya. Demorei 50 minutos para subir até o primeiro cume, o vento é forte e a sensação de vertigem é constante. Pensei que ia capotar montanha abaixo, mas aguentei firme até o fim, e isso porque tomei chá de coca e as pílulas de soroche. A subida para o segundo cume foi a glória, uma sensação que nunca tinha sentido na vida, estar em um pico de mais de 5 mil metros e com uma vista incrível da cidade de La Paz, além do Lago Titicaca foi realmente único e surpreendente, ao lado a vista de outro gigante, o Huayna Potosí.
O refúgio, a mais ou menos 5 mil metros de altura, subida e o Huayna Potosí.
Depois de ficar um tempo apreciando a vista e agradecendo por estar ali, desci pois sabia que o tempo estava se esgotando, assim que descia começava a nevasca, aí tentei descer o mais rápido que pude, é claro com muito cuidado, pois não queria fazer outro tipo de viagem. A nevasca ficou tão intensa que o guia ficou preocupado pelos que ainda estavam por lá. Aproveitei e descansei um pouco na lanchonete e esperamos ainda uns 30 minutos até que todos chegassem. Dali partiríamos até o Valle de la Luna no lado Sul de La Paz, próximo ao Campo de Golfe e a um dos bairros mais chiques da cidade.
Vista da Montanha antes de começar a subida, Primeira parada, Fernanda em sua pose clássica, + uma do Huayna.
Com roupas pesadas e vários casacos chegaríamos até o Vale com um calor de mais de 30 graus. Estávamos com 5 ou abaixo disso no Chacaltaya, no mesmo dia enfrentamos dois extremos. Coisas da Bolívia!! O Valle de la Luna é um sítio arqueológico bastante famoso e comparado ao solo lunar, 1 hora de distância do Chacaltaya, mas parecia em outro planeta, o calor além de intenso era massacrante, pois o lugar era extremamente seco. Os dois passeios foram comprados no Pirwa Hostel foram 80 bolivianos, e valem muito a pena.
Acho que esperei uns 20 minutos tomando fôlego, chegando ao primeiro cume, já na lanchonete esperando pelos demais.
No dia seguinte estávamos bem tristes, pois deixaríamos um dos lugares mais bacanas de toda a viagem, apesar da pobreza e de vários fatores, La Paz foi um dos lugares que mais gostei de conhecer, gente alegre e feliz assim como os brasileiros, mas com muito mais problemas e dificuldades que a nossa. Compramos nossas passagens para Uyuni, dali iríamos fazer o Tour pelo Salar e proximidades, outro ponto alto da viagem estava se aproximando, mas isso eu deixo para o próximo post.
A vista da estradinha “perigosa”, do alto se avistava o Lago Titicaca, pra finalizar o Valle de la Luna e suas formações rochosas.
Voltando à La Paz!
Depois dos mágicos dias em Machu Picchu e nossa volta a Cusco ainda ficaríamos mais um dia pela cidade, saímos com nosso amigo Henrique e aproveitamos ainda mais a capital do Império Inca, sem dúvida Cusco foi uma das minhas cidades preferidas. Compramos as passagens para La Paz na agência que contratei o pacote de Machu Picchu, pois não queria ter a infelicidade de esperar em Puno mais uma vez, mas que ledo engano, já deveria saber como funcionam as coisas na Bolívia e no Peru. Foi outra odisséia, compramos passagens em um ônibus top de linha já em Cusco, empresa Tranzela pagamos 80 soles (cada uma) pela passagem em um double decker com serviço incluído. É nesse momento que tento alertar todos os meus amigos e conhecidos que queiram viajar pelos dois países. Assim que chegamos no Terminal em Cusco, encontramos o ônibus e tudo saiu como planejado, mas só até a fronteira em Puno, ali está todo o problema.
Máscaras típicas no Mercadinho em Pisaq, com o Henrique no final da gigantesca pedra Inca, Os desenhos do Jaguar e da Cobra.
Assim que chegamos a Puno, por volta das 2 horas da manhã, tivemos que fazer o mesmo processo da ida, trocar de ônibus, pagar o terminal, trocar a passagem e entrar em um ônibus lixo, mais uma vez. Isso depois de ter contratado um serviço completo com ônibus leito. Não adianta, de alguma maneira você será passado pra trás, isso não é exclusivo de uma empresa, todas fazem isso, todas param em Puno ou Copacabana para a troca dos ônibus, além é claro de esperar até às 7 horas pelo tal ônibus e passar raiva novamente.
Duas capitais colonizadas por espanhóis, Cusco (Fonte na Plaza de Armas) e La Paz (Iglesia San Francisco).
Meu intuito não é desanimar ou manchar a índole dos andinos, muito pelo contrário. Eu adorei viajar pelos dois países, notei que quase não têm assaltos ou roubos, o povo em si é muito honesto, mas infelizmente isso existe e já ouvi variados relatos a respeito. São países lindíssimos com natureza exuberante e com extraordinários pontos turísticos, mas que peca na infraestrutura e possui uma grande pobreza, portanto vá com o coração aberto e com muita paciência. A demora é muita, então prepare-se, impacientes terão ódio eterno, muita burocracia, jeitinho peruano e boliviano e gastos desnecessários, além de esperar no Terminal, ainda tem uma espera programada na travessia do Lago.
Chegando à La Paz e voltando ao Pirwa Hostel por mais 2 dias, iríamos ao Chacaltaya e passear um pouco mais por essa encantadora e caótica cidade. Visite a bela Iglesia San Francisco, uma das partes mais bonitas da cidade. Aproveitamos também e fomos à Calle Sagarnaga, Calle Illampu e ao famoso Mercado de las Brujas.
Na capital boliviana tivemos o grande prazer de conhecer duas pessoas maravilhosas, a Daniela e o Omar, os donos do Hostel, com certeza nossa viagem foi bem mais legal com a companhia deles.
Fotos, Camisetas e Máscaras.
Nessas ruas você poderá encontrar todo o tipo de lojas, inclusive várias de esporte de aventura, pois estávamos procurando uma capa para a nossa mochila, que ficaria imunda com a constante viagem e troca de ônibus. Compramos uma capa nova de altíssima qualidade por apenas 50 bolivianos (uns 14R$), a mesma no Brasil sairia por 150 reais. Nesse mesmo dia encontrei uma brasileira que estava comprando várias roupas para ir ao Salar de Uyuni, por ironia do destino a encontramos dias depois no próprio Salar. Viajando por lá é certo que você verá as mesmas pessoas em variados destinos, é uma sensação de alegria e companheirismo. Um grande exemplo disso foi o grupo de cearenses que encontramos pelo menos umas 3 vezes, eles estavam em grande número, como 7 ou 8 pessoas e sempre do nada nos esbarrávamos. Um grande abraço em especial para a Aline e a Marina.
Hostel Pirwa de Cusco, uma das principais ruas de Cusco, e as variadas camisetas e suas lhamas de pano de fundo.
O Mercado de las Brujas fica aberto diariamente, entre as ruas Jimenez e Linares, verdadeiro show de horror com fetos de lhamas secos, porções mágicas, bruxaria, amuletos e mais uma infinidades de bugingangas. La Paz foi sem dúvida outro ponto alto da viagem e deixou muita saudade. Voltando ao Hostel contratamos o passeio ao Chacaltaya e ao Valle de la Luna, passeio imperdível pra quem está em La Paz, mas isso eu conto no outro post.
Despedida com um aperto no coração no Terminal de Buses de La Paz rumo a Uyuni.
Machu Picchu.. (3)
Continuando, continuando, infelizmente a última parte do trajeto Machu Picchu. Depois de conhecer a cidade Sagrada, fiquei super feliz pois realizei um sonho de muitos anos e valeu cada centavo investido nessa aventura. Sério, a trip pra Machu Picchu foi perfeita, não tivemos nenhum tipo de imprevisto ou prejuízo, pelo contrário, ficamos em um hostel muito bom e economizamos bastante. Muitas pessoas que conheci ao longo da viagem, reclamaram muito da infraestrutura, das agências, das pessoas, alguns foram realmente infelizes na escolha e nós conseguimos tudo por um bom preço e um ótimo serviço.
É como digo, faça tudo com antecedência, assim sua viagem será tranquila e maravilhosa. Informação fundamental pra que vai à Machu Picchu, compre o ticket de entrada para o parque em Cusco ou em Águas Calientes, não é possível adquirir na entrada do parque. Prepare-se para desembolsar 128 soles, estudantes pagam meia mostrando a carteirinha da ISIC, após emitido o ticket deve ser usado dentro de 3 dias, nós compramos tudo pelo pacote então saiu por 200U$.
Machu Picchu.. (2)

Agora falando sobre os roteiros pra Machu Picchu, muitos amigos me perguntam quais os tipos de rotas e trilhas pra se fazer por lá.
Antes da viagem procurei em algumas agências e visitava diariamente o site dos mochileiros , se você estiver planejando a sua trip, cadastre-se e não perca tempo, você pode ter sua resposta por ali mesmo, são muitas experiências e vários relatos de viagem.
Afinal, viajar pelo Peru e Bolívia não é fácil e é uma viagem um pouco complexa, então precisa SIM de planejamento.
Existem três perfis comuns de roteiros pra quem vai à Machu Picchu de trem, fazer tudo em um dia só, pernoitar em Águas Calientes e fazer a Trilha Inca.
As duas primeiras opções são uma boa pedida pra quem está fora de forma, tem problemas de saúde, pouco tempo de viagem, não é muito fã de trekking ou tem algum tipo de medo de fazer a trilha.
Várias fotos da Cidade Sagrada, El Templo de las 3 Ventanas, A Cidade Principal, além da vista do Rio Urubamba.
O Trem da Peru Rail, opção pra quem quer conhecer Machu Picchu sem fazer a Trilha Inca, sai de Cusco rumo a Águas Calientes às 06h e volta em torno das 22h (há vários horários, mas se certifique quando for comprar sua passagem). Nesse percurso e rota escolhidos, infelizmente você não terá a oportunidade de escalar a Huayna Picchu, a Grande Montanha, que tem uma vista panorâmica incrível do complexo arqueológico. Além do que o horário de visita será o dos demais turistas, na alta temporada entre julho e agosto o lugar fica impossível então prepare-se psicologicamente e economicamente, pois tudo sairá bem mais caro.
Mochilão TV “A Cidade Sagrada de Machu Picchu”..
Machu Picchu.. (1)
Voltei agora pra falar sobre um dos pontos altos da viagem, claro estou falando da Cidade Sagrada de Machu Picchu, irei dividir em 3 partes, assim a primeira parte será sobre o trem e a chegada à cidade, além do hostel, a outra parte sobre os roteiros que você poderá utilizar pra chegar até lá e a última parte falarei sobre a cidade em si, o passeio pela Cidade Sagrada.
Cusco, a Cidade Colonial!
Voltando a falar sobre uma das minhas cidades preferidas na viagem, Cusco foi incrível, tirando é claro o primeiro dia.
Uma cidade rica tanto na construção Inca quanto na espanhola. Uma das características mais fortes da cidade é essa sobreposição da cultura católica espanhola aos costumes incas.
Abalados por uma guerra civil, os nativos ofereceram pouca resistência quando os conquistadores espanhóis alcançaram a capital do império em 1532, trazendo entre outras coisas, armas, medo além de doenças devastadoras.
Lendas atribuem a fundação de Cusco ao Inca Manco Capac.
As paredes de granito do palácio inca ainda estão lá, bem como os monumentos Korikancha e o Templo do Sol. Os incas eram tão brilhantes em sua arquitetura e engenharia que um grande exemplo disso continua intacto são as construções das igrejas, que foram usadas como base resistente das pedras dos templos incas.
Um grande exemplo é a Pedra que sustenta o Palácio Arzobispal.
Um dos muros incas mais conhecidos que está localizado na Calle Hatun Rumiyoc, ali está a pedra dos 12 lados, é fácil achá-la por conta dos guias que ficam explicando e cobrando pelo serviço.
Aqui na Plaza San Francisco, o Pirwa Hostel está localizado ao lado da Igreja, esse é o Templo de San Francisco de Asis, Templo de San Pedro ao lado da Estação de trens San Pedro e do Mercado de Artesanato local.
O centro de Cusco é uma aula de história ao ar livre. É daqueles lugares que quando você menos espera, pode topar com uma pedra que na realidade foi uma elaboradíssima construção inca com mais de 500 anos, para desvendar a cidade de Cusco, separe ao menos um dia para caminhar com calma pelas suas ruas.
Basílica de la Catedral de Cusco, detalhe para a Sagrada Família e o São Miguel e o Demônio nos afrescos acima.
A Catedral, símbolo máximo da Plaza de Armas, a maior e mais bonita igreja de Cusco começou a ser construída no século XVI com pedras retiradas de importantes construções incas, seu interior impressiona com altares de ouro, estátuas, pinturas e murais que trazem claras influências indígenas, como é o caso do Puma esculpido na sua porta principal. As visitas são cobradas, mas é geralmente aberta antes para o horário das missas.
Aqui o Palacio Arzobispal, onde se localiza a Pedra dos 12 Angulos, ao lado A Basílica da Catedral, a maior de Cusco.
O Templo Qorikancha construído no reinado do Inca Pachacutec em homenagem ao sol. Por tratar-se de um símbolo divino, a construção era refinada, suntuosa e repleta de objetos de ouro. Hoje, após sucessivos saques, sobraram as estruturas de pedra resistentes aos terremotos que foram usadas pelos espanhóis na construção da Igreja de Santo Domingo, além dessa a Igreja La Compañia e Iglesia de La Merced visita válida para apreciar a arte cusqueña.
Iglesia la Compañia de Jesus e la Iglesia de La Merced, a Plaza de Armas é rodeado por mais de 5 igrejas e todas de grandiosíssima construções.
O Museu de Arte pré-colombiano além de bem conservado, com ótimas explicações sobre as obras expostas, conta com uma vasta coleção de cerâmicas, jóias e esculturas precolombinas, abrangendo não apenas a cultura inca, mas também a Nasca, Mochica, Huari e Chimu.
Uma das minhas fotos preferidas, a vista do Conquistador e la Iglesia de la Merced ao fundo, aqui na Plaza de Armas de Cusco.
E por fim o bairro que fica ao norte da Plaza de Armas e é uma dos locais mais charmosos de Cusco por reunir uma série de artistas, lojas e bares que atraem os turistas boêmios. Na praça de San Blás há uma feira de artesanato sempre movimentada e divertida. Lá, também pode-se visitar uma pequena, porém interessante, igreja de adobe. Assim que avistei esse bairro, me lembrei de um programa que eu assistia na MTV Latino com o VJ Arturo e se chamava MTV Afuera, nesse dia ele visitou esse bairro e cantou uma música do artista Beck “Loser” em versão andina.
Quem tiver curiosidade de assistir ao video La Historia de MTV Rewind Genial!
Mochilão TV “Valle Sagrado, Pisac e Ollanta”
Video gravado em 12 de janeiro de 2012.
Vale Sagrado.. (2)
No Vale Sagrado
Mercado de Pisac, Ollantaytambo e comunidade têxtil em Chinchero.
É realmente um dos passeios mais legais, pois combina as visitas históricas às ruínas com o contato com os moradores do Vale. A nossa guia, foi um show à parte, integrante da comunidade quéchua, vivendo em Cusco, ela tem um vasto conhecimento sobre os povos, o cotidiano e a cultura.
O passeio que dura um dia inteiro, começa em Pisac. Visitamos o tradicional mercado de artesanato, e fizemos umas comprinhas bem legais, além de monedeiros, cartões e algumas coisas típicas como de costume, encontrei um maravilhoso tênis feito à mão pelas bordadeiras, faria muito sucesso em qualquer cidade alternativa pelo mundo. O mercado de rua funciona às terças, quintas e domingos alternando em artesanatos, roupas de alpaca, acessórios de prata, além de farta exposição de frutas, verduras e legumes típicos.
Ruínas de Pisac, Artesanato e coisas típicas na feira de Pisac, Rio Urubamba, Sítios Arqueológicos.
Já na hora do almoço em Urubamba, prepare-se, é uma das partes mais caras da viagem, em torno de 40 a 50 soles para degustar a culinária cusqueña, acompanhada por um pisco sour ou uma chicha morada e um show de música peruana. De Urubamba, o tour percorre mais 19km até Ollantaytambo, onde está uma das zonas arqueológicas mais interessantes do Vale Sagrado. Ali está um conjunto de construções Incas com finalidades agrícolas, religiosas, militares e administrativas.
O dia termina com um passeio por Chinchero e suas casas de adobe, passando por uma Igreja Colonial que data do século XVII e uma comunidade de artesãos que mostram o processo natural de tingimento das lãs com as quais são feitos artesanatos e roupas. Outros passeios que podem ser feitos são os de Maras e Moray, terraços agrícolas, salineiras, além de um laboratório agrícola dos Incas.
Fotos variadas dos Sítios Arqueológicos de Pisac e Ollantaytambo.
A vocação turística de Cusco vem acompanhada por milhares de agências e representantes que te abordam a cada momento em muitas ruas da cidade, eles oferecem de passeios à hospedagem, basta você julgar qual o melhor lhe convém. É sempre recomendável pesquisar os preços, checar os detalhes dos pacotes e referências sobre as agências. Como já disse fomos pela Inca World Perú. Certamente uma viagem inesquecível.
Sítios Arqueológicos de Pisac, La Puerta em Pisac e a Fonte em Ollanta.
+ info sobre Cusco no próximo post..
Vale Sagrado.. (1)


Grande Pedra Inca localizada ao lado da Catedral Principal, aqui fica o Palacio Arzobispal (foto abaixo), nessa mesma rua fica a famosa “Pedra dos 12 ângulos”.
Como eu já disse antes, assim que chegamos já contratamos os passeios ao Vale Sagrado e Machu Picchu, seriam 2 dias, o primeiro pelo Vale Sagrado e o outro seguindo até Ollanta e a cidade base Águas Calientes.
O Boleto Turístico
Uma das coisas que você será obrigado a comprar sem sombra de dúvidas, é o Boleto. Eu comprei o Parcial Circuito III que cobria as cidades de Ollanta, Moray, Pisac e Chinchero, valor 70 soles, válido por 2 dias, por isso se comprar o parcial compre no dia em que for fazer os passeios, ao contrário desse, o Integral é válido por 10 dias, e o valor é 130 soles. Estudantes pagam pelo o mesmo preço do parcial, 70 soles. O boleto é o passaporte para as 16 atrações localizadas na cidade e nos arredores. Eu comprei no sítio arqueológico de Pisac, bem na entrada, mas também pode ser adquirido na
Oficina Executiva do Comitê do Boleto Turístico, Av. El Sol, #103.
O prédio cobre praticamente toda a rua, a Piedra fica no meio, logo abaixo as Pedras com as figuras do Puma e a Serpente, aqui com meu querido amigo Henrique.
O boleto é obrigatório para a maioria dos passeios registrados em Cusco e nos arredores, mas vale ressaltar que em alguns locais como a Catedral, Q’orikancha, o Museu de Arte Pré-Colombiano e o Museu Inka combram entradas à parte. Lembre-se que o sol peruano é quase equivalente ao real, portanto os valores são caros, não é como se você estivesse na Bolívia que tudo é uma pechicha!
Qorikancha, Tambomachay e Sacsayhuamán
O City Tour dura metade do dia e é feito geralmente na parte da tarde, nele você conhecerá a história da fundação da cidade de Cusco, visitando as ruínas de Q’orikancha, que está localizada no centro, e as outras estão como a 11km da Plaza de Armas, são as ruínas de Sacsayhuamán, Q’enqo, Pucapucara e Tambomachay. Destaque para Sacsayhuamán, que representa a cabeça de Cusco, já que a cidade foi planejada para ter o formato de um Puma, animal sagrado para os incas. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham trabalhado na construção deste importante complexo militar do século XV. Hoje, além das ruínas, é possível aproveitar a linda vista panorâmica que o local oferece.
Igreja de San Francisco, Arco Santa Clara, Sítios Arqueológico (dá pra acreditar que eles moveram essa imensa pedra do centro da cidade até o cume dessa montanha, realmente incrível), Centro de Cusco, Plaza de Armas, Catedral e Circuito Turístico.
Continuando no próximo post, + sobre o Vale Sagrado segunda parte e Cusco, a cidade Colonial.
Fotos da Argentina, de Buenos Aires a Salta e La Plata
A Argentina e principalmente Buenos Aires é um dos lugares mais fotogênicos que já visitei, e sem dúvida não deixaria de postar várias fotos que tirei por lá. Algumas fotos da Argentina, de Buenos Aires até La Plata, com sua imensa Catedral, passando por Salta no Noroeste Argentino, além dos bairros portenhos como Caballito, La Boca, San Telmo e Puerto Madero, nunca me canso desse país, sem dúvida, um dos meus lugares preferidos. Bairro del Once, Estación Carlos Gardel no Shopping “El Abasto”, um dos mais famosos pontos turísticos de Buenos Aires, as casas coloridas do Caminito no Bairro de la Boca.
a turma da Mafalda dando o ar da graça no Paseo de la Historieta.
Os vários azulejos do Subte Argentino, um dos mais famosos da Mafalda de Quino, além das Estaciones Lima e San José no Bairro de San Telmo. Bairro de Puerto Madero, Estátua de Carlos Gardel, grande ícone Argentino, Orla de Puerto Madero, perto da Fragata Sarmiento. Linda Catedral de La Plata, uma das mais lindas da Argentina.
Outra linda Catedral, agora a de Salta, Parque 9 de Julio no centro da Cidade Nortenha de Salta.
Um dos mais famosos pontos turísticos de Buenos Aires, as casas coloridas do Caminito no Bairro de la Boca.
Os vários azulejos do Subte Argentino, um dos mais famosos da Mafalda de Quino, além das Estaciones Lima e San José no Bairro de San Telmo.
Não deixe de ler os posts sobre Salta e a cidade de La Plata.
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