QEPD Eduardo Galeano! R.I.P Galeano!

 
Fonte: https://perfilesalavanguardia.files.wordpress.com
Sou uma grande fã de Eduardo Galeano, tanto que tenho a maioria de seus livros não só em espanhol, mas também versões em inglês, português e francês. No momento estou lendo a versão francesa da “As Veias Abertas da América Latina” ou “Les Veines Ouvertes de L’Amérique Latine”, “L’histoire implacable du pillage d’un continent”.. e é exatamente o livro que levei na minha viagem pela América do Sul, já comprei a versão em espanhol na Argentina e a versão em inglês na Inglaterra. O livro é incrível e atualíssimo, o Galeano é um magnífico escritor, um dos meus preferidos da Literatura Mundial. Tive a grande oportunidade de vê-lo na Bienal do livro em Brasília no ano passado, foi um dos momentos mais incríveis da minha vida literária.
 
Nascido em Montevidéu em 1940, aos 14 anos debutou em um jornal socialista “El Sol”, aos 20 anos tornou-se chefe de redação de um grande jornal uruguaio “Marcha”, foi expulso do Uruguai em 1973 devido à ditadura militar, já na Argentina, dirigiu a revista “Crisis” de 1973 até 1976, com a ditadura presente também em solo argentino, ele se viu obrigado a deixar o país, estava na lista dos mais procurados, ele retrata isso muito bem em seu livro “Dias e noites de amor e de Guerra”. 
Exilou-se em Barcelona, logo depois voltando a viver na capital uruguaia. Morreu hoje em Montevidéu no dia 13 de abril de 2015.

Quotes

We are all mortal until the first kiss and the second glass of wine.
The walls are the publishers of the poor.
The Church says: The body is a sin. Science says: The body is a machine. Advertising says: The body is a business. The body says: I am a fiesta.

Otro grande de Latinoamérica se ha muerto! Que en paz descanse Eduardo!

Pontos turísticos e o livro do RR

Pra quem não conhece o Rodrigo Rodrigues, (Idealizador de uma banda especializada em trilhas de cinema, apresentador de programas culturais e esportivos na TV, Rodrigo criou um guia fora dos padrões, misturou música, cultura pop e esporte às tradicionais atrações: museus, símbolos londrinos, parques reais e centros de compras, criando um guia diferente de tudo o que você já viu), não sabe o que está perdendo em não ler o mais novo livro dele, e o livro propriamente dito fala sobre Londres de uma maneira simples, objetiva e divertida! O nome do livro remete à música London London de Paulo Ricardo, grande amigo e autor do prefácio do próprio, pra quem não sabe o RR escreveu outros livros, entre eles uma biografia sobre a banda Blitz!

Como ele sabe tudo sobre cultura pop e esportes, dois dos meus tópicos favoritos, fica fácil ir bater perna em Londres com o livro dele a tiracolo! E qual a sorte que eu tive, pois o sigo no facebook, perguntei se tinha como eu encontrá-lo pra pegar minha cópia autografada e conhecê-lo pessoalmente! Além de crítico esportivo, apresentador, escritor, viajante, vocalista e guitarrista da banda The Soundtrackers e ex-bate bola da ESPN, ele é dono de uma hamburgueria em São Paulo, que também está na minha lista de lugares pra ir em Sampa, quem sabe ainda esse ano! Como dá pra perceber o cara é quem nem bombril, mil e uma utilidades!


Voltando a falar sobre o livro, é fácil seguir todos os passos, pois a maioria dos pontos turísticos estão próximos a estações do metrô! Quem me conhece sabe que eu sou fã de estações de trem e metrôs espalhados pelo mundo, e esse livro ajuda bastante no planejamento e otimização do tempo na viagem a Londres! Lendo os primeiros capítulos vi que vários dos pontos eu já conheço, mas alguns são verdadeiros achados!

Um exemplo é a Saville Row, a rua onde os Beatles gravaram um show no prédio da Apple Corp., ex-gravadora do grupo, em 2011 eu tentei a todo custo procurar essa gravadora, mas fui parar em South Kensington, mas agora, devidamente corrigida, a rua fica em Piccadilly, próximo a estação Bond Street! Outro ponto que fiz neste fim de semana foi a minha rádio favorita, a Absolute Radio, que também fica nessa mesma região.



No blog do RR é possível encontrar as atualizações do livro em novos posts sobre várias outras estações, pois afinal ele está fazendo o test drive do livro agora por essas semanas! A maioria das fotos do post são do arquivo pessoal dele, devidamente autorizada pelo próprio.
 Eu já tenho a minha cópia devidamente autografada e também já fiz o meu test drive, apareci até no vídeo da entrevista do The Noite!


Livros, casa e sem o cachorrinho da família.. (2)

Antes da família do Simon morar na fazenda eles moravam numa casa bem confortável aqui em Malvern, lá eles comemoravam o Natal, os aniversários, além da Páscoa e outras datas comemorativas. A casa também é incrível e o jardim da parte de trás idem! 
Nessas idas e vindas por aqui participei de algumas festas e a que mais gostei foram a Páscoa e o Natal! 
O Natal com eles é incrível, o pai do Simon realmente é fanático por esta data, então ele faz tudo pra que a Nigella esteja inserida em um Natal perfeito! Dessa vez não tem cachorrinho, pois ele já tinha morrido e nem feira, pois nem me lembrei de fotografar a feira de antiguidades que todos os anos a cidade monta perto da igreja. Que ótimo relembrar a época do meu intercâmbio em que quase todo o final de semana eu ficava aqui na cidade.
  

Já durante essa semana comprei vários livros e tenho lido com frequência próximo ao parque da igreja, também comecei com as minhas caminhadas, pelo menos até o inverno!
As fotos do parque eu tirei no domingo (farei um post específico sobre este), o dia estava ensolarado e muito bonito, poucos dias por aqui são ensolarados como este, então é melhor aproveitar!

Infelizmente e felizmente meu cunhado está de mudança pra Londres, felizmente pois não precisarei pagar hospedagem nunca mais quando for até lá, além do bairro ser na zona 2, yay! Infelizmente, pois não teremos mais os domingos de almoço na casa dele, ele é sem dúvida um ótimo anfitrião e muito bacana!

Sobre os livros comprei em torno de 20 no ebay, a maioria de turismo e de aulas de português para estrangeiros, é irresistível não comprar, os de turismo por exemplo gastei algo como de 1£ até 4£, o mesmo livro que no Brasil estava 98R$ comprei aqui de 0,99p, isso mesmo, menos de 1£, realmente ridículo! Só do México foram 3, sou fanática por lá, além do Brasil, França e 3 edições especiais, uma de Londres, Paris e Nova Iorque! A minha cota de livros desse mês acabou, quem sabe no próximo mês compre mais alguns!

No próximo post, mais sobre minha expedição a IKEA, o paraíso das compras!

Ler Mais Shakespeare!

Outro post do blog da Aline Aimée, tenho lido bastante o blog dela e como comprei vários livros novos, inclusive alguns do Shakespeare, também resolvi fazer outro desafio! Haja tempo pra ler tantos livros! Como no blog, vou acompanhar o cronograma feito por ela, e a primeira peça a ser lida em maio é a tragédia de Romeu e Julieta, além de Péricles, o cronograma foi dividido para 2014 e 2015, de acordo com a minha necessidade e os livros que tenho. Irei dividir de um jeito diferente! 
Assim que cheguei aqui na Inglaterra comprei mais 4 livros do autor e como está em inglês a leitura é um pouco mais demorada, além disso já visitei a cidade do próprio e que lugar encantador, se quiser acompanhar a minha visita por lá, mais informação por aqui.
Boa leitura e não deixe de visitar o tópico sobre a cidade natal de Shakespeare, Stratford-Upon-Avon!

2014
Maio – Romeu e Julieta e Péricles (tragédia)
Junho – O Rei Lear e Tito Andrônico (tragédia)
Julho – Vida e Morte do Rei João (drama histórico)
Agosto – Macbeth e Tróilo e Créssida (tragédia)
Setembro – A comédia dos erros e Como gostais (comédia)
Outubro – A tragédia do Rei Ricardo II e A tragédia do Rei Ricardo III (drama histórico)
Novembro – Hamlet e Timão de Atenas (tragédia)
Dezembro – Os dois cavaleiros de Verona e Trabalhos de amor perdidos (comédia)

2015
Janeiro – A tempestade e A megera domada (comédia)
Fevereiro – Henrique IV partes 1 e 2 (drama histórico)
Março – O mercador de Veneza e As alegres comadres de Windsor (comédia)
Abril  – A vida do rei Henrique V (drama histórico)
Maio – Júlio César e Cimberlino (tragédia)
Junho – Sonho de uma noite de verão e Noite de Reis (comédia)
Julho – Otelo e Coriolano (tragédia)
Agosto – A história da vida do rei Henrique XVIII (drama histórico)
Setembro – Muito barulho por nada e Medida por medida (comédia)
Outubro – Henrique VI partes 1, 2 e 3 (drama histórico)
Novembro – Antônio e Cleópatra (tragédia)
Dezembro – Bem está o que bem acaba e Conto de inverno (comédia)


Rory Gilmore Reading Challenge!

Esses dias fazendo uma pesquisa pela internet, encontrei esse desafio nada mais, nada menos do que 5 vezes em alguns blogs espalhados por aí, esse troço me perseguia por todo lado, portanto resolvi fazer o desafio, como alguém disse por aí, isso é o tipo de desafio que serve pra uma vida, afinal são vários livros, alguns não estão disponíveis nem em português, portanto complicado! 
Via esse seriado na minha adolescência, já tive ódio mortal da Lorelai e algumas vezes da Rory, mas lembro-me bem que achei o final do seriado interessante! Pior do que o final de How I met Your Mother não tem igual! Até o de Lost que falaram tanto, achei um final coerente com o seriado!

O seriado foi um dos melhores que assisti no começo do ano 2000, eram várias referência, a trilha sonora era cativante, ver o universo das universidades era algo bem interessante para o que eu estava vivendo no momento, estava estudando inglês e queria muito conhecer os Estados Unidos!
O que mais me interessava entretanto eram os livros, e as referências que eram colocadas, tanto na parte cultural como na viagem que elas fizeram pela Europa, algo que eu também queria fazer naquela época. 
Já postei um video da série por aqui, mas o que eu vou fazer agora é o tal do desafio, já li algumas obras, e estas marcarei em vermelho, na verdade nem contei, mas de tempos em tempos farei um update mensal ou trimestal!
O engraçado é que estava revendo os episódios do seriado recentemente, antes mesmo até do desafio aparecer nas minhas vistas, tenho todas as temporadas, e às vezes gosto de assistir!
O blog que vi lançou o projeto em 2009, hoje em dia existem vários outros que reúnem os fãs do seriado e a obsessão da Rory pelos livros o que acaba sendo uma forma de matar a saudade da série. Depois de várias temporadas o que não falta é livro. Alguns sites colocam listas diferentes, mas gostei bastante dessa que encontrei! Esse é um desafio bastante difícil, portanto não farei como um desafio e sim como um projeto.

Afinal, a lista ultrapassa 300 títulos, a maioria em inglês, alguns que nunca vi na vida e outros que nem sei onde encontrar, portanto, farei com calma e com muito tempo disponível! 
lguns são livros mais acadêmicos e outros não fazem o meu gênero então vou priorizar os que mais me agradaram. Sendo que vários eu já tinha até vontade de ler, mas o projeto com certeza vai ser um estímulo a mais para que eu finalmente consiga.

Um dos blog’s que me inspirou a fazer o projeto foi o da Aline http://www.little-doll-house.com/p/the-rory-gilmore-reading-project.html, adoro o blog dela!

Here is the full list of all 339 books:
1. 1984 by George Orwell
2. Adventures of Huckleberry Finn by Mark Twain
3. Alice in Wonderland by Lewis Carroll
4. The Amazing Adventures of Kavalier & Clay by Michael Chabon
5. An American Tragedy by Theodore Dreiser
6. Angela’s Ashes by Frank McCourt
7. Anna Karenina by Leo Tolstoy
8. The Diary of a Young Girl by Anne Frank
9. The Archidamian War by Donald Kagan
10. The Art of Fiction by Henry James
11. The Art of War by Sun Tzu
12. As I Lay Dying by William Faulkner
13. Atonement by Ian McEwan
14. Autobiography of a Face by Lucy Grealy
15. The Awakening by Kate Chopin
16. Babe by Dick King-Smith
17. Backlash: The Undeclared War Against American Women by Susan Faludi
18. Balzac and the Little Chinese Seamstress by Dai Sijie
19. Bel Canto by Ann Patchett
20. The Bell Jar by Sylvia Plath
21. Beloved by Toni Morrison
22. Beowulf: A New Verse Translation by Seamus Heaney
23. The Bhagava Gita
24. The Bielski Brothers: The True Story of Three Men Who Defied the Nazis, Built a Village in the Forest, and Saved 1,200 Jews by Peter Duffy
25. Bitch in Praise of Difficult Women by Elizabeth Wurtzel
26. A Bolt from the Blue and Other Essays by Mary McCarthy
27. Brave New World by Aldous Huxley
28. Brick Lane by Monica Ali
29. Bridgadoon by Alan Jay Lerner
30. Candide by Voltaire
31. The Canterbury Tales by Chaucer
32. Carrie by Stephen King
33. Catch-22 by Joseph Heller
34. The Catcher in the Rye by J. D. Salinger
35. Charlotte’s Web by E. B. White
36. The Children’s Hour by Lillian Hellman
37. Christine by Stephen King
38. A Christmas Carol by Charles Dickens
39. A Clockwork Orange by Anthony Burgess
40. The Code of the Woosters by P.G. Wodehouse
41. The Collected Stories by Eudora Welty
42. A Comedy of Errors by William Shakespeare
43. Complete Novels by Dawn Powell
44. The Complete Poems by Anne Sexton
45. Complete Stories by Dorothy Parker
46. A Confederacy of Dunces by John Kennedy Toole
47. The Count of Monte Cristo by Alexandre Dumas
48. Cousin Bette by Honore de Balzac
49. Crime and Punishment by Fyodor Dostoevsky
50. The Crimson Petal and the White by Michel Faber
51. The Crucible by Arthur Miller
52. Cujo by Stephen King
53. The Curious Incident of the Dog in the Night-Time by Mark Haddon
54. Daughter of Fortune by Isabel Allende
55. David and Lisa by Dr Theodore Issac Rubin M.D
56. David Copperfield by Charles Dickens
57. The Da Vinci -Code by Dan Brown
58. Dead Souls by Nikolai Gogol
59. Demons by Fyodor Dostoyevsky
60. Death of a Salesman by Arthur Miller
61. Deenie by Judy Blume
62. The Devil in the White City: Murder, Magic, and Madness at the Fair that Changed America by Erik Larson
63. The Dirt: Confessions of the World’s Most Notorious Rock Band by Tommy Lee, Vince Neil, Mick Mars and Nikki Sixx
64. The Divine Comedy by Dante
65. The Divine Secrets of the Ya-Ya Sisterhood by Rebecca Wells
66. Don Quixote by Cervantes
67. Driving Miss Daisy by Alfred Uhrv
68. Dr. Jekyll & Mr. Hyde by Robert Louis Stevenson
69. Edgar Allan Poe: Complete Tales & Poems by Edgar Allan Poe
70. Eleanor Roosevelt by Blanche Wiesen Cook
71. The Electric Kool-Aid Acid Test by Tom Wolfe
72. Ella Minnow Pea: A Novel in Letters by Mark Dunn
73. Eloise by Kay Thompson
74. Emily the Strange by Roger Reger
75. Emma by Jane Austen
76. Empire Falls by Richard Russo
77. Encyclopedia Brown: Boy Detective by Donald J. Sobol
78. Ethan Frome by Edith Wharton
79. Ethics by Spinoza
80. Europe through the Back Door, 2003 by Rick Steves
81. Eva Luna by Isabel Allende
82. Everything Is Illuminated by Jonathan Safran Foer
83. Extravagance by Gary Krist
84. Fahrenheit 451 by Ray Bradbury
85. Fahrenheit 9/11 by Michael Moore
86. The Fall of the Athenian Empire by Donald Kagan
87. Fat Land: How Americans Became the Fattest People in the World by Greg Critser
88. Fear and Loathing in Las Vegas by Hunter S. Thompson
89. The Fellowship of the Ring by J. R. R. Tolkien
90. Fiddler on the Roof by Joseph Stein
91. The Five People You Meet in Heaven by Mitch Albom
92. Finnegan’s Wake by James Joyce
93. Fletch by Gregory McDonald
94. Flowers for Algernon by Daniel Keyes
95. The Fortress of Solitude by Jonathan Lethem
96. The Fountainhead by Ayn Rand
97. Frankenstein by Mary Shelley
98. Franny and Zooey by J. D. Salinger
99. Freaky Friday by Mary Rodgers
100. Galapagos by Kurt Vonnegut
101. Gender Trouble by Judith Butler
102. George W. Bushism: The Slate Book of the Accidental Wit and Wisdom of our 43rd President by Jacob Weisberg
103. Gidget by Fredrick Kohner
104. Girl, Interrupted by Susanna Kaysen
105. The Gnostic Gospels by Elaine Pagels
106. The Godfather: Book 1 by Mario Puzo
107. The God of Small Things by Arundhati Roy
108. Goldilocks and the Three Bears by Alvin Granowsky
109. Gone with the Wind by Margaret Mitchell
110. The Good Soldier by Ford Maddox Ford
111. The Gospel According to Judy Bloom
112. The Graduate by Charles Webb
113. The Grapes of Wrath by John Steinbeck
114. The Great Gatsby by F. Scott Fitzgerald
115. Great Expectations by Charles Dickens
116. The Group by Mary McCarthy
117. Hamlet by William Shakespeare
118. Harry Potter and the Goblet of Fire by J. K. Rowling
119. Harry Potter and the Sorcerer’s Stone by J. K. Rowling
120. A Heartbreaking Work of Staggering Genius by Dave Eggers
121. Heart of Darkness by Joseph Conrad
122. Helter Skelter: The True Story of the Manson Murders by Vincent Bugliosi and Curt Gentry
123. Henry IV, part I by William Shakespeare
124. Henry IV, part II by William Shakespeare
125. Henry V by William Shakespeare
126. High Fidelity by Nick Hornby
127. The History of the Decline and Fall of the Roman Empire by Edward Gibbon
128. Holidays on Ice: Stories by David Sedaris
129. The Holy Barbarians by Lawrence Lipton
130. House of Sand and Fog by Andre Dubus III
131. The House of the Spirits by Isabel Allende
132. How to Breathe Underwater by Julie Orringer
133. How the Grinch Stole Christmas by Dr. Seuss
134. How the Light Gets In by M. J. Hyland
135. Howl by Allen Ginsberg
136. The Hunchback of Notre Dame by Victor Hugo
137. The Iliad by Homer
138. I’m With the Band by Pamela des Barres
139. In Cold Blood by Truman Capote
140. Inferno by Dante
141. Inherit the Wind by Jerome Lawrence and Robert E. Lee
142. Iron Weed by William J. Kennedy
143. It Takes a Village by Hillary Rodham Clinton
144. Jane Eyre by Charlotte Bronte
145. The Joy Luck Club by Amy Tan
146. Julius Caesar by William Shakespeare
147. The Jumping Frog by Mark Twain
148. The Jungle by Upton Sinclair
149. Just a Couple of Days by Tony Vigorito
150. The Kitchen Boy: A Novel of the Last Tsar by Robert Alexander
151. Kitchen Confidential: Adventures in the Culinary Underbelly by Anthony Bourdain
152. The Kite Runner by Khaled Hosseini
153. Lady Chatterleys’ Lover by D. H. Lawrence
154. The Last Empire: Essays 1992-2000 by Gore Vidal
155. Leaves of Grass by Walt Whitman
156. The Legend of Bagger Vance by Steven Pressfield
157. Less Than Zero by Bret Easton Ellis
158. Letters to a Young Poet by Rainer Maria Rilke
159. Lies and the Lying Liars Who Tell Them by Al Franken
160. Life of Pi by Yann Martel
161. Little Dorrit by Charles Dickens
162. The Little Locksmith by Katharine Butler Hathaway
163. The Little Match Girl by Hans Christian Andersen
164. Little Women by Louisa May Alcott
165. Living History by Hillary Rodham Clinton
166. Lord of the Flies by William Golding
167. The Lottery: And Other Stories by Shirley Jackson
168. The Lovely Bones by Alice Sebold
169. The Love Story by Erich Segal
170. Macbeth by William Shakespeare
171. Madame Bovary by Gustave Flaubert
172. The Manticore by Robertson Davies
173. Marathon Man by William Goldman
174. The Master and Margarita by Mikhail Bulgakov
175. Memoirs of a Dutiful Daughter by Simone de Beauvoir
176. Memoirs of General W. T. Sherman by William Tecumseh Sherman
177. Me Talk Pretty One Day by David Sedaris
178. The Meaning of Consuelo by Judith Ortiz Cofer
179. Mencken’s Chrestomathy by H. R. Mencken
180. The Merry Wives of Windsor by William Shakespeare
181. The Metamorphosis by Franz Kafka
182. Middlesex by Jeffrey Eugenides
183. The Miracle Worker by William Gibson
184. Moby Dick by Herman Melville
185. The Mojo Collection: The Ultimate Music Companion by Jim Irvin
186. Moliere: A Biography by Hobart Chatfield Taylor
187. A Monetary History of the United States by Milton Friedman
188. Monsieur Proust by Celeste Albaret
189. A Month Of Sundays: Searching For The Spirit And My Sister by Julie Mars
190. A Moveable Feast by Ernest Hemingway
191. Mrs. Dalloway by Virginia Woolf
192. Mutiny on the Bounty by Charles Nordhoff and James Norman Hall
193. My Lai 4: A Report on the Massacre and It’s Aftermath by Seymour M. Hersh
194. My Life as Author and Editor by H. R. Mencken
195. My Life in Orange: Growing Up with the Guru by Tim Guest
196. Myra Waldo’s Travel and Motoring Guide to Europe, 1978 by Myra Waldo
197. My Sister’s Keeper by Jodi Picoult
198. The Naked and the Dead by Norman Mailer
199. The Name of the Rose by Umberto Eco
200. The Namesake by Jhumpa Lahiri
201. The Nanny Diaries by Emma McLaughlin
202. Nervous System: Or, Losing My Mind in Literature by Jan Lars Jensen
203. New Poems of Emily Dickinson by Emily Dickinson
204. The New Way Things Work by David Macaulay
205. Nickel and Dimed by Barbara Ehrenreich
206. Night by Elie Wiesel
207. Northanger Abbey by Jane Austen
208. The Norton Anthology of Theory and Criticism by William E. Cain, Laurie A. Finke, Barbara E. Johnson, John P. McGowan
209. Novels 1930-1942: Dance Night/Come Back to Sorrento, Turn, Magic Wheel/Angels on Toast/A Time to be Born by Dawn Powell
210. Notes of a Dirty Old Man by Charles Bukowski
211. Of Mice and Men by John Steinbeck
212. Old School by Tobias Wolff
213. On the Road by Jack Kerouac
214. One Flew Over the Cuckoo’s Nest by Ken Kesey
215. One Hundred Years of Solitude by Gabriel Garcia Marquez
216. The Opposite of Fate: Memories of a Writing Life by Amy Tan
217. Oracle Night by Paul Auster
218. Oryx and Crake by Margaret Atwood
219. Othello by Shakespeare
220. Our Mutual Friend by Charles Dickens
221. The Outbreak of the Peloponnesian War by Donald Kagan
222. Out of Africa by Isac Dineson
223. The Outsiders by S. E. Hinton
224. A Passage to India by E.M. Forster
225. The Peace of Nicias and the Sicilian Expedition by Donald Kagan
226. The Perks of Being a Wallflower by Stephen Chbosky
227. Peyton Place by Grace Metalious
228. The Picture of Dorian Gray by Oscar Wilde
229. Pigs at the Trough by Arianna Huffington
230. Pinocchio by Carlo Collodi
231. Please Kill Me: The Uncensored Oral History of Punk Legs McNeil and Gillian McCain
232. The Polysyllabic Spree by Nick Hornby
233. The Portable Dorothy Parker by Dorothy Parker
234. The Portable Nietzche by Fredrich Nietzche
235. The Price of Loyalty: George W. Bush, the White House, and the Education of Paul O’Neill by Ron Suskind
236. Pride and Prejudice by Jane Austen
237. Property by Valerie Martin
238. Pushkin: A Biography by T. J. Binyon
239. Pygmalion by George Bernard Shaw
240. Quattrocento by James Mckean
241. A Quiet Storm by Rachel Howzell Hall
242. Rapunzel by Grimm Brothers
243. The Raven by Edgar Allan Poe
244. The Razor’s Edge by W. Somerset Maugham
245. Reading Lolita in Tehran: A Memoir in Books by Azar Nafisi
246. Rebecca by Daphne du Maurier
247. Rebecca of Sunnybrook Farm by Kate Douglas Wiggin
248. The Red Tent by Anita Diamant
249. Rescuing Patty Hearst: Memories From a Decade Gone Mad by Virginia Holman
250. The Return of the King by J. R. R. Tolkien
251. R Is for Ricochet by Sue Grafton
252. Rita Hayworth by Stephen King
253. Robert’s Rules of Order by Henry Robert
254. Roman Holiday by Edith Wharton
255. Romeo and Juliet by William Shakespeare
256. A Room of One’s Own by Virginia Woolf
257. A Room with a View by E. M. Forster
258. Rosemary’s Baby by Ira Levin
259. The Rough Guide to Europe, 2003 Edition
260. Sacred Time by Ursula Hegi
261. Sanctuary by William Faulkner
262. Savage Beauty: The Life of Edna St. Vincent Millay by Nancy Milford
263. Say Goodbye to Daisy Miller by Henry James
264. The Scarecrow of Oz by Frank L. Baum
265. The Scarlet Letter by Nathaniel Hawthorne
266. Seabiscuit: An American Legend by Laura Hillenbrand
267. The Second Sex by Simone de Beauvoir
268. The Secret Life of Bees by Sue Monk Kidd
269. Secrets of the Flesh: A Life of Colette by Judith Thurman
270. Selected Hotels of Europe
271. Selected Letters of Dawn Powell: 1913-1965 by Dawn Powell
272. Sense and Sensibility by Jane Austen
273. A Separate Peace by John Knowles
274. Several Biographies of Winston Churchill
275. Sexus by Henry Miller
276. The Shadow of the Wind by Carlos Ruiz Zafon
277. Shane by Jack Shaefer
278. The Shining by Stephen King
279. Siddhartha by Hermann Hesse
280. S Is for Silence by Sue Grafton
281. Slaughter-house Five by Kurt Vonnegut
282. Small Island by Andrea Levy
283. Snows of Kilimanjaro by Ernest Hemingway
284. Snow White and Rose Red by Grimm Brothers
285. Social Origins of Dictatorship and Democracy: Lord and Peasant in the Making of the Modern World by Barrington Moore
286. The Song of Names by Norman Lebrecht
287. Song of the Simple Truth: The Complete Poems of Julia de Burgos by Julia de Burgos
288. The Song Reader by Lisa Tucker
289. Songbook by Nick Hornby
290. The Sonnets by William Shakespeare
291. Sonnets from the Portuegese by Elizabeth Barrett Browning
292. Sophie’s Choice by William Styron
293. The Sound and the Fury by William Faulkner
294. Speak, Memory by Vladimir Nabokov
295. Stiff: The Curious Lives of Human Cadavers by Mary Roach
296. The Story of My Life by Helen Keller
297. A Streetcar Named Desiree by Tennessee Williams
298. Stuart Little by E. B. White
299. Sun Also Rises by Ernest Hemingway
300. Swann’s Way by Marcel Proust
301. Swimming with Giants: My Encounters with Whales, Dolphins and Seals by Anne Collett
302. Sybil by Flora Rheta Schreiber
303. A Tale of Two Cities by Charles Dickens
304. Tender Is The Night by F. Scott Fitzgerald
305. Term of Endearment by Larry McMurtry
306. Time and Again by Jack Finney
307. The Time Traveler’s Wife by Audrey Niffenegger
308. To Have and Have Not by Ernest Hemingway
309. To Kill a Mockingbird by Harper Lee
310. The Tragedy of Richard III by William Shakespeare
311. A Tree Grows in Brooklyn by Betty Smith
312. The Trial by Franz Kafka
313. The True and Outstanding Adventures of the Hunt Sisters by Elisabeth Robinson
314. Truth & Beauty: A Friendship by Ann Patchett
315. Tuesdays with Morrie by Mitch Albom
316. Ulysses by James Joyce
317. The Unabridged Journals of Sylvia Plath 1950-1962 by Sylvia Plath
318. Uncle Tom’s Cabin by Harriet Beecher Stowe
319. Unless by Carol Shields
320. Valley of the Dolls by Jacqueline Susann
321. The Vanishing Newspaper by Philip Meyers
322. Vanity Fair by William Makepeace Thackeray
323. Velvet Underground’s The Velvet Underground and Nico (Thirty Three and a Third series) by Joe Harvard
324. The Virgin Suicides by Jeffrey Eugenides
325. Waiting for Godot by Samuel Beckett
326. Walden by Henry David Thoreau
327. Walt Disney’s Bambi by Felix Salten
328. War and Peace by Leo Tolstoy
329. We Owe You Nothing – Punk Planet: The Collected Interviews edited by Daniel Sinker
330. What Colour is Your Parachute? 2005 by Richard Nelson Bolles
331. What Happened to Baby Jane by Henry Farrell
332. When the Emperor Was Divine by Julie Otsuka
333. Who Moved My Cheese? by Spencer Johnson
334. Who’s Afraid of Virginia Woolf by Edward Albee
335. Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West by Gregory Maguire
336. The Wizard of Oz by Frank L. Baum
337. Wuthering Heights by Emily Bronte
338. The Yearling by Marjorie Kinnan Rawlings
339. The Year of Magical Thinking by Joan Didion

Consegui 75 livros até agora 14/05/2014! Até!

Meus livros de Viagem!

Já cansei de quantas vezes voltei com a coluna estourada de uma viagem por conta dos livros que eu comprei! Ter uma biblioteca variada é o sonho de qualquer estudante de letras ou aspirante a escritor, claro que não chego nem perto desse último aí, mas sou fã de livros desde cedo, infelizmente deixei vários livros no Brasil, mas não poderia deixar de trazer alguns comigo para Inglaterra! Entre eles, estão vários que comprei em viagens e outros que ganhei de algumas pessoas, a biblioteca agora cresceu, pois acabei ganhando alguns livros do Simon e da família dele!
Na última viagem comprei só 5, mas já bati o recorde com 15 livros trazidos na mochila. 
Carreguei tanto livro, pois eram muito baratos, até cópia autenticada de livro eu já consegui!

A primeira vez que comprei livros viajando foi no nosso Mochilão em 2006, ali comprei os primeiros exemplares do Eduardo Galeano no Uruguai, do Cortázar e Borges na Argentina e da Isabel Allende no Chile! Depois foram Juan Rulfo e Gabriel Gárcia Márquez no México, Vargas Llosa no Peru, além do Miguel de Cervantes na Espanha! Zola, Audier, Balzac na França, e Maupassant e Boris Vian na Bélgica!

Os da Inglaterra são os mais ecléticos, desde Game of Thrones passando por Jane Austen a Agatha Christie, dela também tenho um exemplar em espanhol adquirido no Chile, como um Don Quixote em inglês surrupiado num sebo! Literatura subversiva é o que não falta e tem pra todos os gostos e idiomas! Argentina, Chile, Uruguai e Brasil!

Como não poderia faltar é claro, também tenho a minha cota de dicionários, cadernos e canetas! 
Sempre que posso algum moleskine ou caderninho diferente, os maiores são os meus preferidos, assim na própria viagem já inicio um novo scrapbook!

Portanto, é óbvio que pra mim, viagem é sinônimo de livros, cadernos e tranqueiras, e o que não falta são elas, variam de monedeiros a chaveiros (que já aposentei) desde lápis a pulseiras, ainda farei um post só com as pulseiras de viagem! Até!

Gabriel García Márquez!

Uno de los grandes de Latinoamérica se ha muerto! El mago de la literatura!

Com uma imensa tristeza é anunciada a morte de um grande escritor, um dos mestres da literatura latina contemporânea, um dos meus autores de cabeceira! Apesar da sua morte já anunciada como na famosa “Crónica del asesinato de Santiago Nasar” ele nos deixa órfãos, há tempos esperávamos por suas novas histórias, nascidas da sua imaginação! O meu livro preferido dele, não é o da maioria, pois a maioria só conhece o Cien años de Soledad ou o Memorias de Mis putas tristes que foi muito vendido no Brasil! 
Crônica de Una Muerte Anunciada foi um dos primeiros títulos que me fez vidrar nesse mundo mágico e de fantasia, o realismo mágico do grande García Márquez!

Seus livros alcançaram repercussão na Europa nos anos 1960 e 1970, estes refletiam sobre os rumos políticos e sociais da América Latina. Teve como seu primeiro trabalho o romance “La Hojarasca” publicado em 1955. 
Em 1961 publica “Ninguém escreve ao coronel”. A obra Relato de um náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no “El Espectador”, somente sendo publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse. 
O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como “Crônica de uma morte anunciada” e “O amor nos tempos do Cólera”. Em 1967 publica “Cem Anos de Solidão” – livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração, considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado “Realismo Fantástico” . 
Suas novelas e histórias curtas – fusões entre a realidade e a fantasia – o levaram ao Nobel de Literatura em 1982. Em 2002 publicou sua autobiografia “Viver para contar”, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático. 

Desde ninõs, como todos en latinoamérica, la magía del arte de escribir y la fantasía del mundo fantástico, en ese sentido García Márquez fue el primero! He disfrutado mucho leyendo sus obras, desde la primera que llegó a mis manos. Hoy su figura y su obra está en todos los medios, dicen que ha dejado una novela inacabada, esperemos que con todos los reportajes y crónicas sirvan, además de para decirle adiós con agradecimiento, para que alguién que nunca haya leído sus relatos sienta curiosidad y los descubra. Y para los que hace tanto tiempo que lo leímos que apenas recordamos muchas historias, volvamos a ellas.

Um dos meus autores preferidos por outro de meus autores preferidos, García Márquez por Eduardo Galeano

Se desata la persecución de los huelguistas heridos y escondidos. Como a conejos los cazan, tirando al bulto desde el tren en marcha; y en las estaciones pescan lo que la red atrapa. A ciento veinte capturan en Aracataca, en una sola noche. Los soldados despiertan al cura y le arrancan la llave del cementerio. 
En calzoncillos, temblando, el cura escucha las descargas.
No lejos del cementerio, un niño berrea en la cuna. 

Pasarán los años y este niño revelará al mundo los secretos de la comarca que fue atacada por la peste del olvido y perdió el nombre de las cosas. Él descubrirá los pergaminos que cuentan que los obreros han sido fusilados en la plaza y que aquí la Mamá Grande es dueña de vidas y haciendas y de las aguas llovidas y por llover, y que entre lluvia y lluvia Remedios la Bella se va al cielo y en el aire se cruza con un ángel viejito y desplumado que viene cayendo rumbo al gallinero. 

Eduardo Galeano – Memoria del Fuego III. El siglo del viento.

2ª Biena do Livro de Brasília!



Sempre participei da Feira do Livro de Brasília, afinal para o estudante de Letras é uma das poucas oportunidades de comprar livros mais baratos, usados e conhecer novos títulos! A Feira sempre acontecia no shopping Pátio Brasil, a partir de 2012 eles mudaram para a Bienal do Livro, algo bem maior e com ótimas atrações, ano passado não me lembro de ter acontecido a Bienal em Brasília, fui na 1ª edição, a do Millôr Fernandes, bem na época que ele faleceu, a desse ano foi bem especial, pois estava presente um dos meus escritores favoritos de todos os tempos, o uruguaio Eduardo Galeano, já o tinha visto uma vez em Montevidéu, mas vê-lo aqui na cidade foi particularmente interessante, como sempre muito simpático e falador! 
Pareciam que os brasileiros o conheciam muito bem, fiquei até espantada, até pouco tempo não se via muitos livros dele por aqui, a maioria dos que tenho comprei ou no Uruguai, Argentina, Chile, França ou Inglaterra, é, eu tenho vários, em torno de 15, só o Veias Abertas são 5, todos em diferentes idiomas! A palestra foi incrível, ainda mais por estar presente o comentarista Lúcio de Castro da ESPN Brasil, seu documentário Memórias de Chumbo nos tempos do Condor é genial, e vê-lo comentando sobre as várias curiosidades e fatos que ele coletou durante o processo foi bem legal! Já vi o filme na ESPN e recomendo bastante pra qualquer estudante de História, Letras ou Humanas! Vale muito a pena!





Além do escritor uruguaio, autor de obras antológicas como As veias abertas da América Latina e a trilogia Memória do Fogo, participaram do Debate, Lúcio de Castro, e os jornalistas Mário Magalhães e Rodrigo Merheb ambos de igual brilhantismo!

*16:00 • DEBATE “Futebol e Ditaduras na América Latina” – Eduardo Galeano (Uruguai), Lúcio de Castro (RJ), Mário Magalhães (RJ) e Rodrigo Merheb (DF) – LOCAL Espaço Bienal – Auditório Nelson Rodrigues


Memórias do Chumbo – O Futebol nos Tempos do Condor, 2012.
Profunda investigação sobre as relações futebol e as ditaduras militares do continente sul-americano nas décadas de 60, 70 e 80 em quatro países: Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.
Deep investigation about the relation of soccer and the South American military dictatorships of the 1960’s, 70’s and 80’s in four countries: Brazil, Argentina, Chile and Uruguay.

Roteiro/Script: Lúcio de Castro
Fotografia/Cinematography: Rosemberg Faria, Luiz Ribeiro
Montagem/Editing: Fábio Calamari, Alexandre Valim, Andrei Oliveira
Produção/Production: Lúcio de Castro
Trilha Musical/Music: Fábio Calamari
Arte/Art Design: Stela Spironelli
Elenco/Cast: Luis Alberto Volpe (narração), Carlos Caszely


A Bienal acontece até 21 de abril no centro da capital, próximo ao Museu Nacional de Brasília, ali vai ser ocupado por discussões e palestras sobre livros, literatura e a importância da leitura. A capital é a sede da 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura. São mais de dez dias de debates, seminários, shows e apresentações teatrais. Temas como futebol, ditadura e internet serão abordados em diversas oportunidades.

As cortinas da Bienal foram abertas com uma palestra do homenageado internacional dessa edição, o jornalista e escritor Eduardo Galeano. O uruguaio é autor de mais de 40 livros, dentre eles, “As Veias Abertas da América Latina”, no qual faz uma análise da história da região. 





O homenageado nacional deste ano será Ariano Suassuna. Autor de “O Auto da Compadecida” e “A Farsa da Boa Preguiça”, ele é um dos grandes nomes da literatura nacional. 
Outros escritores, nacionais e estrangeiros, também estarão presentes lançando livros ou participando de debates. Alguns dos convidados estrangeiros são a estadunidense Naomi Wolf, o chinês Murong Xuecun, o português Gonçalo Tavares, o moçambicano Mia Couto e o presidente de Gana, John Dramani Mahama, que vai lançar seu livro “Meu Primeiro Golpe de Estado”. Dentre os brasileiros, destaque para Ana Maria Bahiana, lançando seu “Almanaque 1964”, Ruy Castro, Mino Carta e Xico Sá. Da nova geração de ficcionistas brasileiros, também estarão presentes João Paulo Cuenca, Antonio Prata e Daniel Galera.

O visitante da bienal também tem a oportunidade de ver duas exposições. O “Traço do Pasquim no Combate à Ditadura” e “O Brasil nos Tempos de Chumbo” estão abertos para visitação. No ano em que o Brasil completa 50 anos do golpe militar, a bienal também trará diversas reflexões sobre os anos de regime ditatorial vividos pelo País. Seminários, debates e lançamentos de livros estão agendados para os próximos dias.

Ao final de cada dia, o público pode conferir shows de grupos e músicos consagrados, como Ivan Lins, Quarteto em Cy, Plebe Rude e MPB 4.

Metrô e Caballito!


Sábado de Sol, hoje é dia de feira, então fomos a do Parque Rivadavia, minha preferida pra comprar CD’s, Livros e qualquer coisa cultural em Buenos Aires. Primeiro começamos o nosso passeio pelo metrô é claro, tomamos a linha A do Subte, a mais antiga da América Latina e nos dirigimos à Estação Acoyte, onde fica o Bairro de Caballito, com a grande feira de livros do Parque Rivadavia na rua do próprio nome. O metrô da Linha A é bem antigo e possui vários murais, esse aí da rua Lima já é a terceira vez que tiro essa foto, infelizmente ele está muito mal cuidado, mas ainda gosto de ver o vai e vem dos passageiros e o cotidiano dos portenhos. Nesse dia a Fernanda comprou mais um livro do Cortázar e eu fiquei na vontade de levar algumas fitas cassetes dos clássicos argentinos, fica pra próxima. Felizmente comprei 3 cadernos em uma livraria com 3 pontos turísticos da América Latina, Templos Moias na Ilha de Páscoa, Machu Picchu e de Chichen Itzá no México, no próximo post colocarei uma foto dos lindos caderninhos.











Fotos das lojas e artesanatos ao longo da feira, badges e pins de países, estações da Avenida de Mayo que leva à Retiro e Constitución, murais na estação Lima, trem da linha C e a estação Acoyte em Caballito!

Eduardo Galeano “Les Veines Ouvertes”..

Eduardo Galeano
Sou uma grande fã de Eduardo Galeano, tanto que tenho a maioria de seus livros não só em espanhol, mas também versões em inglês, português e francês. No momento estou lendo a versão francesa da “As Veias Abertas da América Latina” ou “Les Veines Ouvertes de L’Amérique Latine”, “L’histoire implacable du pillage d’un continent”.. e é exatamente o livro que levarei na minha viagem pela América do Sul, já comprei a versão em espanhol na Argentina e a versão em inglês na Inglaterra, presenteando o Simon. O livro é incrível e atualíssimo, o Galeano é um magnífico escritor, um dos meus preferidos da Literatura Mundial.
Nascido em Montevidéu em 1940, aos 14 anos debutou em um jornal socialista “El Sol”, aos 20 anos tornou-se chefe de redação de um grande jornal uruguaio “Marcha”, foi expulso do Uruguai em 1973 devido à ditadura militar, já na Argentina, dirigiu a revista “Crisis” de 1973 até 1976, com a ditadura presente também em solo argentino, ele se viu obrigado a deixar o país, estava na lista dos mais procurados, ele retrata isso muito bem em seu livro “Dias e noites de amor e de Guerra”. Exilou-se em Barcelona, logo depois voltando a viver na capital uruguaia.

Outros livros dele que recomendo e que em breve falarei mais um pouco são Días y Noches de amor y de Guerra, O Teatro do bem e do Mal, Vagamundo, Espejimos, Memorias del Fuego, O livro dos Abraços, Mujeres, Bocas del Tiempo, entre outros.

..”Voici l’histoire implacable du pillage d’un continent. Nous suivons, siècle après siècle, et dans le moindre détail, la honte du mécanisme qui a conduit à une dépossession ruinant les nations d’un des espaces les plus prometteurs de l’univers. On ne s’étonnera pas que les multinationales, monstres hybrides des temps modernes, opèrent avec cohésion en cet ensemble d’îles solitaires qu’est l’Amérique latine. Chaque pays plie sous le poids conjugué de ses divisions sociales, de l’échec politico-économique et une plus profonde misère.

Des forces nouvelles se lèvent. Phénomène de grande conséquence, l’Église, longtemps oppressive, reprend la tradition évangélique des premiers âges et devient porteuse d’espérance : elle est résolument aux côtés des pauvres et des persécutés.

Cet ouvrage essentiel sur l’exploitation de l’homme par l’homme est à l’échelle d’un continent. Ce livre, un grand classique, est lu et commenté dans les universités nord-américaines ; il dénonce le talon d’Achille des États-Unis : l’Amérique centrale et du Sud. “..
Nous avons gardé un silence qui ressemble fort à de la stupidité..

 

 

 

As várias capas da obra pelo mundo..  

Literatura e Cinema Político..


Literatura e Cinema Político
Ditadura no Brasil(1964-1985)

O assunto agora são os livros, mas ultimamente o que tem me chamado a atenção são os que falam do do período ditatorial, e sinceramente é uma literatura que me fascina. Uns dos primeiros que li foi do Zuenir Ventura “1968; O Ano que Não Terminou” do Fernando Gabeira “O Que é isso Companheiro”, alguns do Eduardo Galeano como, “Las Venas Abiertas de América Latina”, “Dias y Noches de Amor y de Guerra”, “O Teatro do Bem e do Mal”, Carlos Eugênio Paz “Viagem à Luta Armada” entre outros, sobre o livro de Gabeira, ocorrem vários problemas e envolvimentos no sequestro do embaixador dos Estados Unidos em 1969, mas precisamente no mês da pátria, ou seja, em setembro. Os Livros do Elio Gaspari são recheados de fotos e fatos inclusive sobre o seqüestro, mas falam de outros assuntos peculiares como a Guerrilha do Araguaia, O possível atentado ao Gasoduto no Rio, Parasar e etc.

Esse também é tema importante no qual fala Zuenir Ventura em uma de suas obra dos anos oitenta que não fala somente de política, mas do panorama cultural e artístico do Brasil nesse período. Um outro que chama muito a atenção pelo seu contéudo é “Combate nas Trevas” de Jacob Gorender, que entres tantos assuntos enfatiza o envolvimento de Marighella na Guerrilha e no PCB falando da sua trágica morte em São Paulo. Todos são ótimos livros para quem queira entender um pouco mais sobre esse período de sofrimeto tanto para os politizados como para a população alienada como eles mesmo diziam. No final das contas todos nos sofremos com isso, pois todos foram afetados de alguma maneira.

Obras de Escritores Brasileiros e Latinoamericanos
1968 o Ano que não terminou “Zuenir Ventura”
O Que é isso Companheiro? “Fernando Gabeira”
Ditadura Escancarada “Elio Gaspari”
Ditadura Encurralada “Elio Gaspari”
Ditadura Envergonhada “Elio Gaspari”
Combate Nas Trevas “Jacob Gorender”
Mulheres Que foram à Luta Armada “Luiz Maklouf Carvalho”
Viagem à Luta Armada “Carlos Eugênio Paz”
Nas Trilhas da ALN: Memórias Romanceadas “Carlos Eugênio Paz”
História Indiscreta da Ditadura e da Abertura Brasil: 1964-1985 “Ronaldo Costa Couto”
Las Venas Abiertas de América Latina “Eduardo Galeano” América Latina
Dias e Noites de Amor e de Guerra “Eduardo Galeano” América Latina
Um grito de Coragem, Memórias da Luta Armada “Renato Martinelli”
A Revolução Impossível, A Esquerda e a Luta Armada no Brasil “Luis Mir”
Brasil: Nunca Mais “Mitra Arquidiocesana de São Paulo”
A Revolução Faltou ao Encontro “Daniel Aarão Reis Filho”
Ditadura Militar, Esquerdas e Sociedades “Daniel Aarão Reis Filho”
O Fantasma da Revolução Brasiliera “Marcelo Ridenti”
Que História é Essa? “Marcelo Ridenti”

Alguns filmes Brasileiros e Latinoamericanos baseados ou romanceados sobre o período
Lamarca “Sérgio Rezende” Brasil
O Que é Isso Companheiro? “Bruno Barreto” Brasil
Batismo de Sangue “Helvécio Ratton” Brasil
Cabra Cega “Toni Venturi” Brasil
Araguaia(Guerrilha do Araguaia) “Ronaldo Duque” Brasil
La História Oficial “Luiz Puenzo” Argentina
La Noche de Los Lápices “Héctor Olivera” Argentina
Machuca “Andrés Wood” Chile
La Batalla de Chile “Documentário” Chile
Vlado 30 Anos Depois “João Batista de Andrade”
Zuzu Angel “Sérgio Rezende” Brasil
Diário de Motocicleta “Walter Sales” Latin/USA
Salvador Antich Puig “Manuel Huerga” Espanha
Cautiva “Gastón Birabent” Argentina
Juicio a las Juntas Argentinas “Documentário” Argentina
Kamchatka “Marcelo Piñeyro” Argentina

Além de outros incontáveis títulos não incluídos na lista..

Madame Bovary!


Madame Bovary, L’Histoire..
Madame Bovary é um romance escrito por Gustave Flaubert que resultou num escândalo ao ser publicado em 1857. Quando o livro foi lançado, houve na França um grande interesse pelo romance, pois levou seu autor a julgamento.
Ele foi levado aos tribunais acusado de ofensa à moral e à religião, num processo contra o autor e também contra Laurent Pichat, diretor da revista Revue de Paris, em que a história foi publicada pela primeira vez, em episódios e com alguns pequenos cortes. A Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena absolveu Flaubert, mas o mesmo procedimento não foi adotado pelos críticos puritanos da época, que não perdoaram o autor pelo tratamento cru que ele tinha dado, no romance, ao tema do adultério, pela crítica ao clero e à burguesia (Gostava do mar apenas pelas suas tempestades e da verdura só quando a encontrava espalhada entre ruínas. Tinha necessidade de tirar de tudo uma espécie de benefício pessoal e rejeitava como inútil o que quer que não contribuísse para a satisfação imediata de um desejo do seu coração – tendo um temperamento mais sentimental do que artístico e interessando-se mais por emoções do que por paisagens).

É considerada por alguns autores como a primeira obra da literatura realista.
“Emma Bovary c’est moi” (Emma Bovary sou eu), disse Gustave Flaubert (1821-1880), o criador deste que é por muitos considerado o ápice da narrativa longa do século XIX – o chamado século de ouro do romance. Flaubert, o esteta, aquele que buscava o mot juste (a palavra exata) e burilava os seus textos por anos a fio, imbuiu-se da consciência e da sensibilidade da sua personagem. Atingiu, com a irretocável prosa de Madame Bovary, um dos mais altos graus de penetração e análise psicológica da literatura universal.

Madame Bovary é uma obra capital na literatura do seu tempo, um daqueles livros que dão início a uma época literária. Tomando propositadamente um tema sem grandeza aparente, Flaubert quis obrigar o seu talento a enfrentar dificuldades técnicas que o levassem a vencer o romantismo exacerbado que o dominava. O resultado foi a obra-prima que o leitor tem em mãos e que Émile Zola descreveu da seguinte maneira: “Quando Madame Bovary apareceu, foi uma completa revolução literária. Teve-se a impressão de que a fórmula do romance moderno, esparsa pela obra colossal de Balzac, fora reduzida e claramente enunciada nas quatrocentas páginas de um único livro. Estava escrito o código da nova arte”.

Crítica tirada do site Sem Salvação(28/10/2004)
A análise do filme é prejudicada pela leitura do livro. Por ser baseado em um clássico da literatura, é impossível fugir da comparação entre as duas obras. O filme tem um ritmo lento, câmeras paradas, poucas músicas, e um narrador que conta a história na medida em que o tempo passa. Vale ressaltar que o narrador geralmente não tem a necessidade de se fazer presente, uma vez que o que ele conta é redundante, pois é o que a cena mostra. Na cena em que inicia o baile, o narrador diz: e chegou o dia do baile.

Apesar de ser considerada por alguns críticos uma das melhores atrizes francesas, a personagem de Huppert, Madame Bovary, é inexpressiva e não demostra emoções durante praticamente todo o filme. Entendemos a dificuldade de reproduzir uma personagem Mesmo no dia em Emma diz ser o mais feliz de sua existência, no baile, ela não expressa-se como tal. O filme não consegue retratar a essência da obra de Flaubert. Por ser um romance intimista e existencialista, nós ficamos conhecendo a Madame Bovary através de seus pensamentos, angústias e reações. Apesar do filme manter-se até bem fiel ao livro, a atriz e o filme não conseguem reproduzir a crise que a personagem vive. Mas entendemos e questionamos: como filmar o aborrecimento sem ser fastidioso?

Sem inovações estéticas, o filme é bem tradicional. Os diálogos são quase poéticos, muito semelhantes aos do livro, soam falso. As cenas são sempre muito paradas, com exceção da cena em que Boulanger seduz Emma, onde as cenas entre os dois são intercaladas com a cena do discurso do prefeito, e inclusive os diálogos fazem parte de um único enredo, se misturam e reforçam um ao outro. Outro recurso usado no filme é a reação de Emma quando lê a carta de Rodolphe Boulanger, quando o mesmo desmarca a viagem de fuga dos dois, onde é usada a sombra de Emma. Além disso, quando Emma se envenena com Arsênico, a câmera assume o olhar dela, ou seja, a câmera fica desfocada e cambaleante, como se fosse a própria Emma e os efeitos do veneno agindo sobre ela. Ainda sobre a utilização de recursos, aparece três vezes no filme, de forma abrupta, um cego horrendo, que assusta o telespectador com a maneira como ele aparece em cena.

O ponto mais importante da história seria o baile, onde Emma passa a ter ilusões e a viver literalmente da imaginação de histórias românticas. O estranho é que no filme Emma passa inexpressiva durante a festa, ela observa pessoas com as quais se identifica mas não parece admirá-las, parece que ela apenas observa. É como se Emma estivesse num sonho, e idealizasse tudo o que vive. O filme também mostra a inexperiência da Igreja em abordar problemas existenciais das pessoas. Ao procurar ajuda na Igreja, Emma se depara com o padre, que acredita que quem tem pão e casa é abençoado por Deus e não existe infelicidade.

Algumas críticas sociais ficam perceptíveis no filme, como a futilidade dos valores burgueses, a inutilidade da igreja quantos aos males da alma, a crítica ao romantismo, que ilude a cabeça das pessoas, que passam a achar que a vida deve ter grandes amores e grandes emoções. Emma tem a imaginação exaltada pelas leituras românticas, e isso fica claro no filme. Segundo Neusa Barbosa, crítica do site www.cineweb.com.br , “o grande acerto da interpretação de Huppert está em colocar em evidência a enorme sede de viver de sua personagem, aproximando o espectador da humanidade desta que é uma das grandes personagens trágicas da literatura mundial”.

Adorei essa crítica, por isso ela está aqui presente.

A paixão segundo Flaubert: “Madame Bovary” completa 150 anos
18/08/2007 18:18:01 – Jornal A Gazeta
Tiago Zanoli

Leia um trecho do livro ‘Madame Bovary’ de Gustave Flaubert
Após uma longa e conturbada trajetória, o escritor francês Gustave Flaubert publicou, em abril de 1857, a versão definitiva de seu célebre e polêmico romance “Madame Bovary”. O livro, que completa 150 anos, ganha uma edição comemorativa da editora Nova Alexandria, que acaba de chegar às prateleiras.

O romance já havia sido publicado em seis capítulos na “Revue de Paris”, de 1º de outubro a 15 de dezembro de 1856. Foi essa publicação que levou o autor às barras do Tribunal Correcional de Paris, em 29 de janeiro de 1857, sob a acusação de atentar contra os bons costumes e a religião, por narrar a história de adultério da protagonista, Emma.

Embora Flaubert tenha se sentado no banco “dos bandidos e dos pederastas” (como ele disse), o peso de sua obra na literatura universal é imenso. “O romance abre o leque de todas as experiências modernas, e eu diria até pós-modernas, na literatura”, afirma Telma Martins Boudou, 65 anos, doutora em Literatura Francesa pela Universidade de Caen, na França.

Ela é autora do livro “Madame Bovary no Tribunal do Júri”, em que conta a história por trás do romance, envolvendo o processo que sofreu o autor. “Aí entra a ironia, pois o livro depois vai se tornar obra-prima. Hoje não se pode falar em modernismo sem falar em Flaubert.”

Se a temática do adultério foi justamente causa de grande polêmica na época, Telma diz que, futuramente, ela abriria espaço para uma série de criações. Ela cita, por exemplo, a Luísa de “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz. “Ele foi um leitor de Flaubert e, dessa leitura, reescreveu a sua história de adultério.” Além disso, vários críticos enxergam em Emma Bovary a matriz de personagens como Ana Karenina, de Tolstói, ou a Nora de “Casa de Bonecas”, do norueguês Henrik Ibsen.

“Nas entrelinhas, Flaubert mostra o adultério como uma tentativa de se perseguir sonhos que você não consegue realizar”, explica Telma. Segundo ela, a história do adultério representa a morte das ilusões. “Flaubert vê isso e diz ‘vou me segurar na última ilusão’, que é a arte. Das ilusões, é a que menos mente, ele diz.”

Ressonâncias
A professora de literatura Kamila Brumatti Bergamini, 26 anos, encontra semelhanças entre Bovary e as personagens de Clarice Lispector. “A semelhança se dá, principalmente, pela questão do desejo. Em ‘A Paixão Segundo G.H.’, por exemplo, a protagonista remonta a história do Ocidente e fala sobre o problema do desejo da mulher”, explica.

Para ela, é possível afirmar que Emma Bovary é um dos primeiros personagens em que aparece a figura da mulher e o desejo de maneira indissociável. “Naquela época, a mulher não podia ter desejos. Mas ela deseja o tempo todo ser rica, uma espécie de socialite para aqueles padrões. Ela deseja, a todo momento, ser uma personagem dos romances que lê.”

Kamila chama a atenção para o fato de as pessoas terem acreditado, na época, que o texto literário fosse um relato real, tamanha a riqueza de detalhes com que Flaubert descreveu as cenas e os personagens. “Aí temos a célebre frase de Flaubert: ‘Madame Bovary sou eu!’ Ou seja, a literatura é imaginação. Por mais que se assemelhe ao real, nunca o será.”



Bovary nas Telas
Adaptação Marcante

“Madame Bovary” teve mais de 20 adaptações para as telas, incluindo filmes, telefilmes e minisséries. A mais premiada delas foi dirigida pelo mestre Claude Chabrol (em cartaz no Brasil com “A Comédia do Poder”, de 2006). A anti-heroína criada por Gustave Flaubert foi eternizada pela atriz Isabelle Huppert. Pelo papel, a atriz foi indicada ao Oscar e venceu o Cesar da categoria. O filme também recebeu indicações para o Oscar de Melhor Figurino (assinados pela premiada Corinne Jorry) e para o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.

Olhar de Mestre
Flaubert recebeu uma homenagem do nonagenário cineasta português Manoel de Oliveira, admirador do trabalho do escritor francês. Um de seus filmes mais elogiados, “Vale Abraão” (1993), tem como protagonista Ema Cardeano Paiva, interpretada pela diva do cinema lusitano Leonor Silveira. Deficiente física, Ema era chamada por algumas pessoas de “Madame Bovarinha”.

Pioneiro
A primeira vez que a personagem apareceu em uma produção audiovisual deu-se em 1911, pelas mãos do diretor belga Alfred Machin. Tratava-se de um curta de comédia, em que Bovary atendia pelo nome de Babylas e era apaixonada por animais.

Confira
“Madame Bovary”, de Gustave Flaubert. Nova Alexandria, 360 páginas. Quanto: R$ 46,70, em média.
“Madame Bovary no Tribunal do Júri”, de Telma Martins Boudou. Flor & Cultura, 128 páginas. Quanto: R$ 25, em média.

Cyrano de Bergerac e Madame Bovary na TV
Este mês no canal a cabo Eurochannel: “Cyrano de Bergerac” e “Madame Bovary”, indico ler os dois livros e depois assistir os filmes ou vice-versa, ótimos filmes O “Cyrano” é fácil de locar, vende até DVD, agora o “Madame Bovary” é uma relíquia, uma locação pode custar entre 30 a 70 reais e o vídeo está em torno de 100 reais, um absurdo!! Quem tiver TV a cabo vale a pena.

Texto original escrito em 14 de setembro de 2004.

Cyrano de Bergerac!


Cyrano de Bergerac, o Verdadeiro “L’Histoire”..
O Valente espadachim e romântico poeta Cyrano de Bergerac não é fruto da imaginação criativa de Edmond Rostand : Saviniano Hércules Cyrano de Bergerac nasceu em Paris em 1619. Aos 19 anos abraça a carreira militar, tornando-se cadete da Guarda de Paris. Participa de várias batalhas, inclusive do cerco de Arras , onde recebe forte golpe na garganta, o que encerra sua vida militar. Em 1653, passa a trabalhar na casa do duque de Arpajon, instalando-se no palácio de Marais, onde é ferido na cabeça devido à queda de um pedaço de madeira do teto. Em 1655, pressentindo a morte, vai para a casa de uma prima- a baronesa de Neuvillette-, vindo a falecer cinco dias depois. Cyrano talvez não tenha tido a coragem, o heroísmo e a nobreza do personagem de Rostand.


Mas era um homem polêmico e dedicado à cultura. Foi escritor, teatrólogo, filósofo, ensaísta, comediante e boêmio. E parece que tinha realmente um enorme nariz, motivo de zombarias que o levavam a bater-se em duelo com muita freqüência. Sua obra é pouco expressiva, mas curiosa. Escreveu um volume de Cartas, muitas contendo ataques vigorosos a personalidades da época; uma comédia, Le pédant joué, onde critica seus antigos chefes militares; uma tragédia. A morte de Agripina, citada na peça de Rostand; e uma obra audaciosa, chamada O outro mundo. Muitos dos fatos e personagens incluídos em Cyrano de Bergerac são verídicos, como a batalha de Arras e o inimigo Montfleury. 



O famoso escritor Moliére foi realmente contemporâneo de Cyrano, e parece ter sofrido alguma influência dele ( na peça, é acusado de plagiá-lo). Rostand cita também personagens de outros autores do século XVII, como por exemplo D’Artagnan, o conhecido herói da obra Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas. Quanto a Roxana, teria sido a prima que acolheu Cyrano pouco antes de sua morte. Não se sabe , porém, se a devotada paixão do célebre narigudo era real, nem tão intensa. Na peça , a jovem aparece como uma “preciosa”, uma típica mulher da sociedade parisiense de meados do século XVII, que frequentava salões mundanos, usando linguagem rebuscada e artificial. Embora Molière as tenha satirizado em sua peça As Preciosas ridículas, Rostand não apresenta uma Roxana caricatural, apesar de ela se mostrar um tanto frívola e fascinada pela literatura empolada de Cyrano. Cyrano de Bergerac foi representada em inúmeros países. No Brasil foi traduzida em 1907 por Carlos Porto Carreiro, cujo trabalho admirável é uma verdadeira proeza de habilidade lingüística.


Cyrano de Bergerac, Le Filme..
Cyrano De Bergerac” ( FRA – 1990 – 135m)
Autor: Edmund Rostand
Direção: Istvan Szabo
Informações Técnicas
Título no Brasil: Cyrano
Título Original: Cyrano de Bergerac
País de Origem: França
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 135 minutos
Ano de Lançamento: 1990
Direção: Jean-Paul Rappeneau

Elenco
Gérard Depardieu … Cyrano De Bergerac
Anne Brochet … Roxane
Vincent Perez … Christian de Neuvillette
Jacques Weber … Comte De Guiche
Roland Bertin … Ragueneau
Philippe Morier-Genoud … Le Bret
Pierre Maguelon … Carbon de Castel-Jaloux
Josiane Stoléru … The Duenna
Anatole Delalande … The Child
Alain Rimoux … The Father
Philippe Volter … Vicomte de Valvert
Jean-Marie Winling … Lignière
Louis Navarre … The Bore
Gabriel Monnet … Montfleury
François Marié … Bellerose


Casting:
Vincent Pérez. Ce jeune suisse de Lausanne est au début de sa carrière prometteuse. Le rôle du romantique, timide, Christian lui vaudra les louanges du public. Vincent Pérez enchaînera des avec des succès comme Indochine, La Reine Margot, The Crow 2, Le Bossu ou encore le dernier Chéreau Ceux qui m’aiment prendront le train. Maniant aussi bien sa carrière que l’épée, il n’oublie pas les réalisateurs indépendants et s’exporte (Au-delà des nuages, Liniya zhizni, I Dreamed of Africa).
Anne Brochet. Actrice oscarisée pour son rôle dans Tous les matins du monde, Anne Brochet se veut discrète tournant en moyenne un film tous les deux ans. Cependant, on s’accorde volontiers à dire qu’elle est une des actrice les plus douée de sa génération. Elle aussi ira tourner à l’étranger, en Irlande plus précisément, Driftwood de Ronan O’Leary.

Réalisateur:
Jean-Paul Rappeneau. Rappeneau a un don… Tous ses films font parler d’eux… On les compte sur les doigts de la main, 6 en 30 ans. C’est en tant que scénariste qu’il débute pour les réalisateurs de la Nouvelle Vague. Il adaptera, déjà, un roman de Raymond Queneau, Zazie dans le Métro. Son passage derrière la caméra se fera sur le ton de la comédie et avec des acteurs de haute pointure : Catherine Deneuve, Philippe Noiret, Yves Montand, Jean-Paul Belmondo, Gérard Depardieu, Juliette Binoche. La vie de Château (1966) recevra e prix Louis-Delluc et le prix spécial du jury au Festival de Karlovy-Vary. Mais le public tombera sous le charme du Sauvage et de Tout Feu, tout flamme. Puis le succès devient mondial avec Cyrano de Bergerac, pour lequel il fera jouer dans le rôle-titre, Gérard Depardieu. Cyrano, tourné en 1990, laissera place au Hussard sur le Toit, Rappeneau deviendrait-il classique?

A História..
Cyrano ama desde a infância a sua prima Roxanne, mas nunca teve a coragem de lhe declarar essa paixão. Ele julga-se desfigurado, devido ao seu longo nariz, e admite nunca poder vir a ser amado por uma mulher. Pelo seu lado, Roxanne, que nutre por Cyrano uma enorme simpatia, tem como ideal de homem a beleza e o espírito. Ao conhecer Christian, Roxanne apaixona-se por ele, mas este é tímido e não consegue manter uma relação normal com uma mulher. É então que Cyrano ajuda Christian, escrevendo-lhe longas e belas cartas de amor que vão tornar ainda maior a paixão de Roxanne por Christian. Só que Christian não vai aguentar por muito tempo esta situação e Roxanne vai então descobrir o autor de tão belas cartas de amor…
A história clássica de Edmond Rostand, no que muitos consideram a versão definitiva. Depardieu vive o atormentado e brilhante poeta cujo gigantesco nariz o envergonha e o impede de declarar seu amor à bela Roxanne.

Sinopse
No século XVII, Cyrano, espadachim e poeta, ama sua prima Roxanne, mas não se declara, porque tem vergonha do nariz descomunal. O próprio diretor e Jean-Claude Carrière (roteirista de Luis Buñuel e de “A Insustentável Leveza do Ser”) adaptaram quase ao pé da letra a peça em versos de Edmond Rostand (1868/1918), encenada pela primeira vez em 1897. Há várias adaptações para o cinema (inclusive a excelente comédia interpretada por Steve Martin e Daryl Hannah, “Roxanne”), mas esta, com reconstituição de época irrepreensível, é a mais fiel e mais imponente, tendo recebido vários prêmios, inclusive o de melhor ator para Depardieu no Festival de Cannes (ele também foi indicado para o Oscar).

Cyrano de Bergerac e Madame Bovary na TV
Este mês no canal a cabo Eurochannel: “Cyrano de Bergerac” e “Madame Bovary”, indico ler os dois livros e depois assistir os filmes ou vice-versa, ótimos filmes O “Cyrano” é fácil de locar, vende até DVD, agora o “Madame Bovary” é uma relíquia, uma locação pode custar entre 30 a 70 reais e o vídeo está em torno de 100 reais, um absurdo!! Quem tiver TV a cabo vale a pena.


Texto escrito em português e francês.